Olá, olá. Há
tanto tempo que não falávamos. Uns exclamarão “Yey! Mais um texto de excelente qualidade
humorística e escrita!”, enquanto outros dirão “Lá vem o revoltado outra vez
reclamar com alguma coisa…”. Estes últimos estão absolutamente corretos. E o
que foi desta vez? Passo a explicar. Na passada segunda-feira, dia 12 de fevereiro,
o humorista Nuno Markl partilhou o seguinte vídeo
com a
seguinte descrição:
“Um grupo de
pessoas decidiu fazer um protesto pacífico contra touradas sentando-se numa
arena. É admirável - mesmo que algo doloroso de ver - como eles se mantêm
firmes e coerentes no seu protesto pacífico. Mesmo quando espectadores desatam
a agredi-los à pancada, ou com jactos de água ou, no caso de um velho tarado,
arrancando a roupa a uma das manifestantes. Isto é tê-los no sítio e bem
grandes.
"Estavam
a pedi-las", dirão alguns. Não. Sendo ainda a tourada um espectáculo
legal, os responsáveis da praça poderiam simplesmente ter chamado a polícia. A
ira com que elementos do público atacam este grupo e continuam a atacar, mesmo
não obtendo resposta na mesma moeda no grupo de protestantes (e talvez por não
a obterem) é reveladora da agressividade que pulsa neste universo, seja para
com animais, seja para com humanos.”
Convido-vos
a ver o vídeo do princípio ao fim. Eu espero… Já viram? Não? Vá que eu tenho mais
que fazer! Já está? Pronto. Como podemos ver, não são só as “tradições” dos
apoiantes da tauromaquia que são primitivas. Toda a sua forma de agir perante
algo que os incomoda é, no mínimo, retardada (retardada num sentido 4 ou 5 mil
anos “retardada”).
Eu admiro
profundamente a atitude e vontade destes manifestantes. E juro que gostava de
ter a calma que eles têm.
Se realmente
viram todo o vídeo, podem reparar em duas personagens especialmente notórias:
um homem, ainda novo, que faz tudo para provocar (dá pontapés, chapadas nas
cabeças dos manifestantes, murros e chega mesmo a levantar a guarda pronto para
uma luta) e um velho que puxa a roupa de uma das manifestantes (o qual o Nuno
Markl também refere na sua descrição), deixando a mulher apenas com o soutien,
o qual também acaba por roubar. Estes dois ganharam o meu ódio em especial.
Vamos tentar
perceber o que se passou naquelas duas cabecinhas podres. Comecemos pelo
provocador. Ele viu um grupo enorme de gente que impediu o seu tão bonito
espetáculo de acontecer e o que é que ele pensou? “Epá, se calhar já tirávamos
estes gajos daqui. E qual é a melhor maneira de o fazer? Já sei! À biqueirada! Sou
um génio.” Algo me diz que este campeão das costas quentes só fez o que fez por
estar rodeado de “companheiros”.
Agora o
tarado. Começamos da mesma forma: viu um grupo de gente a impedir o espetáculo
e pensou “Olha que boa oportunidade para soltar a minha veia de ofensor sexual!
No meio desta confusão toda ninguém vai dar por nada.” Pois.
Agora o meu
castigo pessoal para estes dois (também pode ser aplicado aos restantes
admiradores da “arte”, mas em especial para estes dois):
Local de
castigo: praça de touros. Obviamente. Método: eram lançados para o centro da
arena com as mãos atadas (isto para não ser tão perigoso. Ainda podiam aleijar
alguém com as mãos livres), e juntamente com cada um deles eram postos 3 homens
(ou mulheres) em específico: um jogador de basebol com o seu respetivo taco, um
golfista (e uma vez mais o seu respetivo taco) e um campeão de tae kwon do com
botas de biqueira de aço. Cada um destes 3 desportistas tinha uma parte do
corpo do “animal” como alvo: golfista – do joelho para baixo. Qualquer parte
dessa zona. Mas com força. Basebolista – tronco e membros superiores. Com força
mas sem causar danos fatais. Campeão de tae kwon do – zona genital. No cu
também conta. E era isto durante uma horinha. Ou mais, se a besta ainda se
conseguisse queixar ao fim desse tempo.