Há
aproximadamente oito anos que entrei no mundo das artes marciais através do
Karate e há aproximadamente oito anos que sonhava com o dia em que me viria a
graduar Cinto Negro (1º Dan). Inesperadamente, esta data foi ainda mais
especial para mim do que o que antecipei, dado ter sido separada por apenas uma
semana exata da minha primeira graduação em Kajukenbo. O finalizar de uma
grande etapa e o começo de uma segunda caminhada igualmente longa tiveram (por
obra do acaso, ou não) lugar em dias particularmente próximos.
Desde o
princípio que tenho vindo a idealizar a chegada deste dia brindando-o com três
particulares agradecimentos. Como puderam constatar, surpresas acontecem e
esses três agradecimentos passaram a quatro.
Dado o
recente aparecimento deste quarto agradecimento, será o primeiro a tomar lugar
aqui. O Sibak Tomás Sanchez. O meu mais recente mestre, mas com o qual já tanto
aprendi (a levar porrada, principalmente) – nada comparado com o que pretendo
vir a aprender, mas ainda assim…
Ainda estou
a dar os primeiros passos nesta arte marcial, mas, pelo pouco que já vi, tenho
alguém de confiança que me pode ajudar a ir longe. Por tudo isso e pelo que
está por vir, agradeço aqui ao Sibak Tomás Sanchez.
Em segundo
lugar quero agradecer à pessoa sem a qual nada disto seria possível. Sem a qual
não existiria uma Secção de Karate em Ponte de Sor. Sem a qual o Karate não
teria entrado na minha vida e, muito provavelmente, sem a qual eu não teria
sido apresentado a uma das minhas grandes paixões: o mundo das artes marciais.
Estou a falar do Mestre Carlos Mateus. O homem que, tal como a mim, treinou e
ensinou os dois próximos nomes desta “lista”. O homem que, como ele próprio
diz, “aos fins de semana podia estar em casa descansadinho a ver a bola” e vai
para o pavilhão treinar meia dúzia de caramelos que querem competir ou graduar.
Aqui fica o meu agradecimento ao homem sem o qual eu hoje não seria cinto negro
– 1º Dan de Karate Wado Ryu.
Em terceiro
está o maior cromo da lista. Um mestre, um parceiro, um companheiro, um amigo.
Pedro Pereira. O grande gatilho para a minha entrada no Karate. A pessoa que eu
via a dar porrada noutras pessoas e que me fez pensar “eu quero conseguir fazer
isto”. Foi o Pedro Pereira o principal responsável pela minha preparação para
os exames mais altos (entre 5º e 1º kyu, aproximadamente). Foi o Pedro Pereira
que, não só no Karate, como na preparação para os pré-requisitos necessários
para entrar para o ensino superior, me treinou e ajudou a alcançar objetivos.
Foi o Pedro Pereira quem mais me incentivou na procura de novas artes marciais
e até mesmo me acompanhou na demanda. É com o Pedro Pereira que ambos pomos
capacetes de mota na cabeça, arranjados por ele, e vamos andar à bofetada um
com o outro até estarmos ambos todos amassados mas contentes e a rir das nódoas
negras do outro. Foi o Pedro Pereira que praticamente se vestiu de plastrons
dos pés à cabeça para eu poder treinar o meu exame de Kajukenbo nele, à vontade.
É o Pedro Pereira que, tão depressa me está a ensinar o Kihon Kumite nº5, como
eu tenho de o relembrar qual é a posição das mãos na Pinan Nidan. E por aí
podia continuar com “Foi o Pedro Pereira que…”, dentro e fora das artes
marciais.
Pelo que
enunciei e pelo que ficou por enunciar, exponho aqui a minha gratidão para com
o maluco que mais me acompanha na minha exploração no mundo das artes marciais.
A última
pessoa a quem vou agradecer foi quem me ajudou a dar os primeiros passos no
mundo do Karate. E era uma das pessoas que mais feliz me deixava quando
assistia aos meus exames. Era das pessoas a quem eu mais pressa tinha de dizer
“Já sou cinto verde/azul/vermelho/etc.”
É uma pessoa
que eu nunca mais vou ver num exame meu. É uma pessoa a quem eu nunca vou poder
dizer “Já sou cinto negro! Já sou 1º Dan!”. É o Miguel Dias. Foi com o Miguel
que eu fui treinar vários fins de semana e dias de férias às sete ou oito da
manhã ao ar livre, no inverno, para poder aprender a fazer a Pinan Nidan e
alguns Sanbons. Ele treinava fisicamente enquanto eu ficava a treinar o que ele
me ensinava antes de ir dar voltas ao campo de minigolfe ou à zona ribeirinha a
correr. Foi o Miguel Dias que me ensinou que “o braço só ataca depois da perna
avançar”. Foi o Miguel o primeiro a tirar do seu tempo para me ajudar
exclusivamente a mim a melhorar no Karate. O Miguel era uma figura que, não
estando muito presente, era particularmente especial e importante, não só para
mim, como para (arrisco a dizer) todos os que o conheceram na nossa secção de
Karate.
Com estes
agradecimentos aos meus 4 mestres quero marcar o término duma grande etapa da
minha vida para iniciar outra similarmente fundamental.
Teria muito mais a quem
agradecer especificamente, mas, nesta fase, decidi destacar apenas aqueles que me influenciaram
de forma direta e visível (através das minhas graduações) no meu
desenvolvimento como artista marcial. Muito fica por dizer, mas tenho que
guardar qualquer coisa para possíveis futuras conquistas. Como tal fica aqui apenas um agradecimento geral a todos os que fizeram e fazem parte deste meu mundo.
Arigato Gozaimasu. Mahalo Nui Loa.
Força campeão!
ResponderEliminarCom a tua determinação, irás atingir patamares ainda mais superiores.
Vai acontecer, o que tiver de acontecer, e vai estar tudo bem! :-)