Estão a ver
quando planeiam fazer uma coisa mas vão adiando porque para fazer essa coisa é
preciso fazer uma outra coisa que vocês pensam sempre “faço depois”? Pronto. Este
texto é o exemplo perfeito. O que eu vou aqui relatar passou-se, provavelmente,
há uns 4 ou 5 meses (sim, “provavelmente” e não “aproximadamente” porque não
faço ideia de há quanto tempo foi. Só sei que foi o semestre passado). E porque
é que não o relatei mais cedo no blog? Porque para isso era necessário passar
uma fotografia do telemóvel para o computador (já vão ver qual) e até hoje nunca
me dei a esse trabalho. Razão válida, não é? Claro que é.
Passemos
então ao que interessa.
O
acontecimento teve lugar no autocarro que costumava apanhar para ir para a
escola. Como lambão e antissocial que sou, sempre que podia, sentava-me no
lugar mais à frente do autocarro visto ser um lugar sem parceiro do lado. Devido
a estar próximo da entrada do autocarro, por diversas vezes que presenciei situações
caricatas, mas a que vos vou contar chamou-me a atenção em particular.
Vou então
partilhar a tal fotografia que tanto me fez adiar este relato:
Os objetos
marcados pelos círculos vermelhos são, como devem calcular, os sensores para
quem entra no autocarro “picar” o passe. Qualquer pessoa com uma qualidade de
visão superior ao de uma orelha consegue perceber que, se há sítio para passar o
passe, é ali. Ou pelo menos era o que eu pensava até este dia.
(Esta
história está a ser bem mais difícil de contar do que eu estava à espera. Como
estou há demasiado tempo a tentar arranjar palavras para contar isto de forma,
no mínimo, apelativa e estou a falhar redondamente, vou simplesmente enumerar
os acontecimentos por ordem cronológica.) Autocarro para numa paragem; grupo de
pessoas entra; um senhor destaca-se; com a confiança de quem já faz isto há
anos, esse senhor passa o pequeno cartão pelo sensor; bem… quase. Ora vejam
onde o senhor passou o cartão.
Fiquei com
dúvidas. Das duas uma: ou o senhor era meio patego, ou arranjou uma bela forma
de andar de autocarro à borla. O que é certo é que ele entrou sem pagar e eu
fui, provavelmente, a única pessoa a reparar nisso.
P.S.: Acabei
de me aperceber que, indo ao telemóvel ver as informações da foto, talvez possa
saber exatamente o dia em que isto tudo aconteceu. Mas lá está… Não me apetece.