segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A tua comida é a comida da minha comida

No passado dia 22 de novembro, deparei-me com algo, no facebook, cheio de potencial para um bom post de blog e, não sei porquê, em vez de o aproveitar logo, decidi antes dar a outros para que o aproveitassem (mandei um print screen da cena para uma página de facebook que costuma postar situações caricatas como esta). Hoje, dia 28 de novembro, às 3 e tal da manhã, apercebi-me que podia agarrar no tema e esventra-lo eu mesmo. Isto é o que dá ficar acordado até tarde a ver merda na internet.

Aqui vai:



Qual é a vossa opinião sobre isto? Exato! Não interessa porque o blog é meu, logo a opinião que interessa aqui é a minha. E eu vou exprimi-la agora mesmo: é parvo!
“Lá estás tu com os teus radicalismos em relação a coisas que não concordas…” Pois é. Mas eu justifico-me. Não venho para aqui ser radical só porque está na moda. Vou tentar mostrar todos os argumentos “contra” possíveis.
Comecemos pelas razões que levam alguém a ser vegetariano: Não apoiar os maus tratos a animais; alimentação mais saudável; não gostar de carne nem peixe (nem derivados, no caso dos vegans).
Ditos os possíveis motivos (e, por favor, enumerem-me mais se se lembrarem) vamos analisá-los cuidadosamente:

Não apoiar os maus tratos a animais: Sim senhor. Têm todo o meu apoio se é esta a causa que vos motiva. Eu não o faço, talvez hipocritamente, mas apoio totalmente a quem o faz.
E se apoio porque é que estou, então, a criticar este grupo? Ora vamos lá ver, se não comem carne porque não querem financiar e incentivar os maus tratos feitos aos animais em questão, não é um bocadinho parvo estarem a dar dinheiro a uma empresa que se sustenta na venda de carne? Mesmo que seja a comprar hambúrgueres vegetarianos? Eu acho que essa é capaz de não ser a melhor estratégia.

Alimentação mais saudável: Aqui não demonstro qualquer apoio porque não é a retirar a carne e o peixe do menu que se vai conseguir uma alimentação mais saudável. Mas pior que isso é ser-se vegetariano porque se quer ser mais saudável e ir comer ao McDonald’s. Isso não é ser hipócrita, é ser estúpido.

Não gostar de carne nem peixe: Então por alma de quem é que estão a pedir que falsifiquem usando comida de vaca, algo que é originalmente feito de carne? Se não gostam de carne, não chorem por algo parecido com carne mas feito de pasto!


É já quase um ditado popular o seguinte saber: “Ir ao Mac e pedir uma salada é o mesmo que ir às putas e pedir um abraço”. Agora começa a ser “Ir ao Mac pedir um hambúrguer vegetariano é o mesmo que ir às putas ver de uma boneca insuflável”.

sábado, 26 de novembro de 2016

Black Bieber

Eu sei que é uma comparação cliché e que já foi feita por outros, mas a sério, o que é que é pior? O apocalipse que é a Black Friday nos Estados Unidos, ou o acampamento cigano que foi feito para o concerto do Justin Bieber? Eu sei que, além de cliché, já venho um bocado fora de horas, mas por favor…
Vamos começar por analisar a sexta-feira negra (prefiro chamar-lhe assim): Vamos lá a ver… Aquilo é uma cambada de hipócritas. E porquê? “Deixa-me cá ir à sexta-feira negra que as coisas estão baratas e roubar ou comprar coisas no mercado negro é crime. Olha um puto com o iPhone que eu queria na mão! *biqueirada na boca do puto* Este já é meu! #fácil”. Percebem onde eu quero chegar?
Acho que não preciso dizer mais nada em relação a isso.
Acampamento cigano. Bem. Eu acho piada gozar com os americanos, porque são burros, fazem figuras tristes, são um povo com tradições pouco saudáveis e que vão buscar o que de mais selvagem há no ser humano, etc.. E depois vejo notícias sobre pessoas do meu país que acamparam de segunda a sexta à porta da MEO arena para poderem estar na fila da frente de um espetáculo do Justin Bieber. O que é que vocês acham que isto faz ao pouco amor patriótico que eu poderia ter? E, se isto já é mau, sabendo que essas mesmas pessoas estão a faltar a aulas para isso, dá-me vontade de chorar, no sofá, enquanto como gelado de uma balde de quilo com uma colher de sopa e me assoo à manga.

E, quem se riu quando uma menina se mostrou desapontada porque não havia condições, ponha a mão no ar. Realmente, que país mais atrasado, o nosso! Nem sequer há condições para as pessoas fazerem uma fila de espera de 5 dias no meio da rua. Isto há com cada coisa.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Publicidade enganosa

Gente, hoje vamos falar de publicidade enganosa: travestis! “Isso é homofobia!” Não, não é. Porque se fosse, querer que o meu hambúrguer do McDonald’s seja minimamente parecido ao do placar, também é.
Deixem-me explorar melhor o assunto: Imaginem um gay. Que se veste à gay, que fala como um gay, que se mexe com tiques gays. Em casos extremos, pode ser bastante irritante. Mas nunca vos faz pensar “que ganda gaja!”. Mas com os travestis a conversa já é outra. Para começar, eu nunca percebi muito bem a cena dos travestis. Eles são gays? São hétero? Gostam de se vestir de mulher porque se sentem bonitos? Gostam de trazer ao de cima o seu lado mais feminino e excitam o seu lado mais masculino com isso? Não entendo, mas aqui o ponto também não é esse. Os travestis são publicidade enganosa da mais perigosa que por aí pode haver. É claro que há sempre as matrafonas que, ainda nem percebemos que estão vestidos de mulher, e já percebemos que são homens. Mas há travestis mais “femininos” e bem arranjados, que muitas mulheres. E isso irrita-me. Sinto-me enganado e manipulado. Já toda a gente conhece a velha história do garanhão que foi sair à noite, engatou uma gaja e quando chegou ao quarto o jantar era alheira. Mas agora vamos falar de algo menos drástico, que já aconteceu comigo e, certamente, com tantos outros homens.
Estava eu a vaguear pelos caminhos matreiros da internet, quando me deparo com um espetacular cosplay (não sabem o que é? É preciso repetir o que têm de fazer? A cena do ir ao Google, e assim? Vá, já são crescidinhos) de princesa da Disney. Bonita, feminina, bem maquilhada, e com diversos cosplays todos nesse tema (princesas da Disney). Continuo a ver o post e chego à parte em que o autor do mesmo decide informar os leitores que aquela pessoa tem uma pila debaixo das saias. Tal como já disse, senti-me enganado e manipulado. A liberdade de expressão é muito bonita, mas já dizia a canção “Josezito, já te tenho dito que não é bonito andares-me a enganar”.

“Então e os gays que não parecem gays?” Aí também é publicidade enganosa mas já não é um problema que me afete ou incomode, portanto não me vou pronunciar. “Então e as lésbicas que não parecem lésbicas?” Essas podemos compara-las àquelas pastelarias que têm montras carregadas de bolos apetitosos, e depois quando entramos para perguntar o preço de um bolo especialmente ‘charmoso’ o empregado nos diz que são só para exposição. Dá vontade de dar chapada mas como não podemos tentamos auto consolar-nos olhando e pensando “que desperdício”. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Uma Mala

Olá, olá! Há tanto tempo!
Comecemos então pelo princípio (frase estúpida, não é? Claro que é): eu andava já há uns tempos para escrever qualquer coisa sobre malas de mulher a ocupar lugares para as pessoas se sentarem. E depois pensei “se calhar sou o único a embirrar com isso, mais vale estar quieto”. E eis que hoje de manhã, na rádio Comercial, estava a dar uma rubrica, ou coisa parecida, onde os participantes da mesma falavam de coisas que os irritavam. Qual não é a minha surpresa quando o César Mourão fala precisamente desse assunto e todos os homens em estúdio concordam (e a única mulher discordou, como seria de esperar). Como tal, vou aproveitar esta onda involuntária de motivação e fazer a minha própria queixa. Vamos a isso.
Vou começar por uma coisa que foi dita nessa mesma rubrica pelo Nuno Markl, salvo erro: “Por algum motivo se chama ‘ASSENTO’ e não ‘apoio para malas’” (não sei precisar se foram estas palavras, mas a ideia foi esta). Pois é. Os sofás, bancos, cadeiras, poltronas e restantes objetos semelhantes servem para ter pessoas em cima! Rabos! Não é malinhas. Mas o pior nem é isso! O pior, é que se nós, homens, precisamos de sítio para nos sentar e não há mais nenhum sem ser onde está a puta da mala, as meninas ainda ficam chateadas porque agarrámos naquela porcaria e a pusemos no chão. Porque as malinhas das senhoras não se podem sujar. Levam toda a merda lá dentro, mas pousar a basezinha no chão é que não que pode apanhar alguma infeção.
“Mas quando é para levar as vossas coisas que não querem levar nas mãos ou nos bolsos já dá jeito, não é?” (confesso que este ‘contra’ foi inspirado no que a dita senhora da Comercial disse. Vanda, se não me engano). E o que é que o cu tem a ver com as calças? Se calhar também vou ter de começar a ceder o meu lugar sentado ao senhor cabide porque ele me segura nos casacos! Por falar em cabide, sabem onde é que podem pôr as malinhas visto que não as querem pôr no chão? Exatamente! Na sanita! (Estou a brincar, é mesmo no cabide. Foi parvo, eu sei. Já passou. Desculpem).
E a história do cabide é já a ser compreensivo e simpático. Porque a questão não é “Se não queres pôr no chão, põe no cabide”. A questão é “porque raios é que não queres pôr esse saco do lixo às flores no chão?”. A mala não se constipa porque o chão está frio, não apanha infeções por estar em contacto com o lixo, não vai sujar ninguém porque ninguém vai andar a mexer na base de uma mala só porque sim, não vai choramingar porque prefere estar no sofá ao lado da dona, não vos vai empurrar da cama durante o sono para se vingar, não se vai recusar a dar-vos o que tem dentro também para se vingar… Eu não percebo qual é o vosso problema! “Mas suja-se e fica feio. E se for uma mala clara, nota-se muito a sujidade” Mas quanto é que vocês medem? Dois metros e meio? Quem é que vos vai andar a olhar para a parte de baixo da mala? Trabalham nalguma instituição de apoio a anões? Aliás, anãs? Porque os anões homens estão-se pouco cagando para se a vossa mala está suja ou não. Eles querem é sentar-se na porra do banco que está ocupado por ela.
Eu até inventava umas bases para as malas para não se sujarem quando são postas no chão, mas mais cedo ou mais tarde as mulheres iam deixar de as pousar no chão porque também se sujavam e depois era feio ter uma "base-para-mala" suja.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Make America Great Again!

O Trump é presidente dos Estados Unidos da América. Olha que lindo serviço. Isto é o que dá ter, no mesmo país, um dos maiores poderios nucleares do mundo e o povo mais estúpido que já alguma vez pisou o planeta. Agora temos um gorila cor-de-laranja com poder para nos mandar a todos co caral…. Bom, isso também não é o que mais interessa. Querem saber porquê? Eu digo-vos.
Para introduzir o tema, vou começar com uma das típicas observações do contra: “Vocês estão todos preocupados por causa do Trump ser presidente. Ainda não perceberam que ele não manda nada? Todas as decisões dele têm de ser aprovadas por um grupo de pessoas que são os que realmente mandam, e esses ninguém os elege!” (isto foi uma compilação de opiniões que vi na net, juntamente com alguma imaginação minha para dramatizar a cena.) Vamos então assumir que isto até é verdade. O Trump não manda. Só há um pequenino pormenor insignificante que todos ignoram: os apoiantes dele não sabem disso e eles chegam perfeitamente para estragar a vida a muita gente. E o que é que eu quero dizer com isto? Imaginando que vocês são lentinhos e não perceberam o que eu queria dizer, eu explico minuciosamente: Os americanos, auto proclamados povo livre, são racistas pa’ Hitler. Sendo os americanos racistas e sentindo-se apoiados pelo próprio presidente, vão ganhar “força” nas ruas. Quando eu digo “vão” quero dizer “já o estão a fazer”. Ou seja, já existem pessoas a serem vítimas de ataques físicos e verbais só porque são hispânicos ou usam hijab (“o que é hijab?” Google é o teu melhor amigo a seguir ao cão) ou qualquer outra coisa contra a qual o Trump se posicione.
Sinceramente, eu não tenho conhecimento suficiente para poder afirmar “A Hillary é pior” ou “O Trump é pior”, mas punhão, dá para perceber qual dos dois é que tem um efeito mais prejudicial no povo e, já dizia o Zeca Afonso: “o povo é quem mais ordena”! E querem saber o que é que ainda é mais estúpido que isto? Mesmo que não queiram eu digo: É que a falta de capacidade intelectual também afeta as “vítimas” do Trump. E depois são os apoiantes do Trump a ameaçar a segurança das minorias e as minorias a fazerem protestos, geralmente violentos, porque querem ser tão livres como os outros. E depois há ainda mais merda do que já havia antes e pronto. A América é “great again”. Thanks Obama.

Eu, de certo modo, admirava o Hitler pelo seu poder de persuasão no que tocava a pôr o pessoal a achar que matar resmas de gente em salas de gás era boa ideia. Mas acho que perdi essa pouca admiração que tinha por ele. Afinal o Trump fez uma merda parecida e nem se esforçou. E pior, o Trump fez isso em 2016, onde supostamente somos mais evoluídos.

Se calhar não somos…