segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Eu tive um professor que mais parecia um taliban

Estava eu a tentar dormir e a falhar profundamente quando me lembro de uma passagem caricata do meu “melhor” professor de matemática que achei digna de atenção.
Aquele professor era, todo ele, digno de nota, mas, quando queria, chegava a ser épico.
Esta passagem teve lugar em dois dias.

1º dia. Sala em silêncio, teste a decorrer.

André (colega de turma): Professor, pode chegar aqui?
Professor: *desloca-se até perto do André*
André: Neste exercício posso fazer assim *indicando no papel a resolução em questão*
Professor: Podes.

Até aqui tudo normal. Terminamos o teste, entregamos e passado uma semana ou duas, dia da entrega do teste:

André (em surdina, apenas para colegas próximos o ouvirem): Mas que merda, isto está mal? – Agora em voz alta – Oh professor, pode vir aqui?
Professor: *desloca-se até perto de André*
André: Oh professor, eu durante o teste perguntei-lhe se podia resolver este exercício assim e o professor disse-me que podia… *???*
Professor: Então, poder podes, tens é mal…

Portanto… Eu, na verdade, não sei bem como comentar isto. Tecnicamente o professor não mentiu. Foi-lhe perguntado se se podia dar determinada resposta. Não se essa resposta estava correta. Mas algo me diz que ele mandou o bom senso ir levar num certo sítio antes de fazer o que fez.
Mas não pensem que esta literalidade do homem era apenas incomodativa! Muito pelo contrário, a mim até me favorecia! Pelo menos até chegarmos ao dia do exame nacional.

Passo a elucidar-vos:
Este professor era, falando curto e grosso, incompetente e desinteressante. As aulas eram chatas e nós saíamos de lá a saber menos do que quando tínhamos entrado. Eu, como aluno interessado pela escola que sempre fui, decidi que o melhor que tinha a fazer era dormir nas aulas. “Mas isso é uma falta de respeito para com o professor” pensarão vocês se forem sensatos. Mas enganam-se redondamente!
Certo dia, estava o professor indignado com toda a peixeirada que estava na sala quando começa a enumerar os poucos que se portavam bem. E qual não é o meu espanto quando eu estou na lista. Ah pois, não ouvia nada do que ele dizia mas também não perturbava a aula.
Tal como já disse, isto foi tudo muito bonito até eu chegar ao exame nacional e chumbar com uma nota que dou graças por não me lembrar.

As aventuras deste professor de matemática não ficam por aqui, mas deixo o resto para uma próxima oportunidade. Assim não satura… como as aulas dele… às segundas, terças e quartas de manhã… às oito e vinte (se não me engano)…


P.S.: O título deve-se ao aspeto físico do senhor.

sábado, 29 de agosto de 2015

Tenho uma cadela com a audácia de um lince mas com a subtileza de um porco gordo

Hoje a minha cadela armou-se em gato… E deu merda.

Como já referi em posts anteriores, tenho dois gatos e um casal de cães. O cão é um caniche pequeno e a cadela é uma espécie de golden retriever, preta, mais pequena e com energia equivalente a 3 putos hiperativos. Os gatos são gatos, dispensam apresentações.
Hoje, como em tantos outros dias, a minha mãe, antes de sair de casa para ir trabalhar, fechou a porta do quintal e deixou a janela aberta para os gatos poderem entrar caso quisessem/precisassem e lá foi.

Eu, por esta altura, encontrava-me ainda deitado e com a cabeça a passear no país das maravilhas. Eis que de repente acordo com o som de qualquer coisa a estilhaçar-se. Levanto-me rapidamente e vou verificar se se tratava de algum ladrão que precisasse de levar uns murros nas ventas. Mentira, já calculava que tivesse sido um dos animais, mas extremamente convencido que tinha sido um dos gatos. Chegado à cozinha deparo-me com os restos mortais do nosso liquidificador espalhados pelo chão e a cadela a olhar para mim com um ar espantado. Como vinha focado no facto de ter sido um gato e tinha acabado de acordar, demorei um bocado a processar a informação. Tinha sido Sua Alteza D. Fiora. Viu a janela aberta e decidiu entrar graciosamente, levando à frente tudo o que estivesse no caminho. Quando me apercebo do que tinha ocorrido chamei-a com voz ríspida. “Espera lá que já vou” deve ter pensado a parva, mas nada burra, cadela. Escondeu-se bem encolhida atrás de uma mini mesa. Fui ver dela e voltei a chamar. Lá veio com o corpo todo rente ao chão. Ainda tentou dar meia volta mas interrompeu-se quando a voltei a chamar. Agarrei nela para a por na rua (rua = quintal) sem que cortasse as patas na merda que tinha feito e ela decide presentear-me com mais um belo obséquio: mija-se por mim abaixo. Foi glorioso.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

"Um dia em família..."

Boa tarde a todos, como vão? Não interessa. Há uns dias atrás fui à Isla Mágica, mas, como sou um preguiçoso dos acentuados, só agora é que me apeteceu escrever sobre isso. Eu sei que à primeira vista isso não vai interessar a ninguém, mas deem-me uma oportunidade e leiam.
Estranhamente, escolhemos um dos melhores dias que podíamos ter escolhido: pouca gente no parque e temperatura agradável. Por outro lado comecei o dia com uma pequena dor de garganta que se alastrou para uma bruta dor de garganta e febre ao fim do dia. Foi espetacular, gritar por aquela montanha russa fora com as goelas a doer devido a uma magnífica pré-infeção.
Mudando um bocadinho de assunto, sabiam que existem países, considerados desenvolvidos, com pior apresentação que Portugal? Eu também não. Ah pois, a nossa amiga Espanha oferece piores condições na Isla Mágica do que Portugal apresenta, por exemplo, no Aquashow ou no Slide&Splash. Sistemas eletrónicos danificados (nas fotografias), casas de banho meio deslavadas (essa parte não foi pior, foi só igual, o que, por si só, já é muito mau), funcionários antipáticos e uma tremenda falta de consideração por visitantes estrangeiros (sendo que os portugueses eram, ainda assim, os mais tidos em conta). Quando visitamos um parque aquático português vimos instruções, no mínimo, em 3 idiomas por toda a parte e a grande maioria dos funcionários sabe falar, pelo menos, inglês (além de português). Na Isla Mágica encontrávamos uma ou duas placas com algo mais que espanhol e o melhor que obtivemos dos funcionários foi um falar devagar para percebermos melhor (e mesmo isso era raro). Também fomos a uma loja de lembranças na qual perguntamos o preço de um lenço ao que a empregada respondeu “2€” e quando fomos comprar os lenços “afinal eram 3€ cada um”. Não percebi se empregada era burra ou se nos aldrabou à força toda.
Como podem ver foi um dia em grande.

Para melhorar, quando chegámos ao parque onde tínhamos deixado o carro estacionado apercebemo-nos de um aviso ao lado do portão do mesmo que dizia algo parecido com “horário de funcionamento: 7:30 - 19:30”. Isto não seria nada de especial se não fossem já umas onze da noite quando aconteceu. Felizmente o parque tinha uma outra entrada que foi deixada aberta. Quisemos acreditar que foi um funcionário simpático que deixou esse portão aberto para que os anormais que lá tinham o carro pudessem sair quando dessem conta da merda que tinham feito.


P.S.: Que ninguém leve isto como um desincentivo a visitar o parque. As atrações são, na grande maioria, espetaculares e também têm uns teatros engraçados. Se não se tiver dor de garganta, passa-se lá um excelente dia.

domingo, 2 de agosto de 2015

As ideias sofisticadas da Suíça!

Estou na Suíça e isto é um país algo maravilhoso. Em vários aspetos, mas reparei hoje num em particular. Este país é tão avançado em relação aos outros, que tem estacionamento próprio para mulheres (se calhar sou só eu que sou inculto, isto até existe em mais países e eu estou aqui a cagar lérias). Isto realmente é uma ideia de génio. Assim há muito mais segurança. Uma zona reservada para os carros riscados e amolgados e a outra para os homens. É só vantagens. Muito menos carros amolgados, quando se vê um carro amolgado na estrada já se sabe que a probabilidade de ser mulher a conduzir é muito alta (logo temos tempo de agir em conformidade com isso e afastarmo-nos o mais cedo possível) e ao deixarmos o nosso veículo no estacionamento podemos ir passear muito mais relaxados.

É óbvio que também tem as suas desvantagens. Imaginem a seguinte situação:
Uma condutora colide com a sua viatura noutra viatura enquanto a dona da última permanece dentro da mesma (epá, esta frase está digna de uma carta da GNR!)
Começando a condutora culpada a falar:
- Mas você já viu onde foi pôr o carro?
- Mas a senhora é que bateu no meu que já aqui estava parado!
- Ai agora a culpa é minha?
- Pois não sei. Se a senhora acha que não, se calhar não é!
- Você é que deixa o carro aí parado e não se desvia de mim, e a culpa é minha?
- …
- Estou a falar consigo!
- …
- Mas você não me responde porquê? Amuou?
- Não, não.
- Então o que é que foi?
- Nada.
- Ai primeiro culpa-me porque você não se desviou de mim, e agora amua?
- Não, não. Não é nada.
- Então diga-me lá porque é que acha que a culpa é minha!
- Não, já disse que não é nada. Se você não consegue perceber qual é o problema não vale a pena eu estar a explicar…

E por aí fora. Agora imaginem isto a multiplicar por muito, visto que é um estacionamento SÓ DE GAJAS. Acaba por ser uma medida agridoce.

Agora ligeiramente mais a sério, segundo o que me constou, o objetivo desta medida é, realmente para haver mais segurança, mas não para os carros dos condutores masculinos. Os alvos desta medida de segurança são, na verdade, as senhoras em si.
Pelo que percebi, era um piso de mais fácil acesso à rua e, provavelmente, com funcionários do estacionamento mais próximos. Isto para prevenir assaltos, violações e semelhantes abusos. Embora ainda assim ache que esta medida possa ter as suas falhas. Digam-me lá se há sítio melhor para um violador atuar do que um estacionamento só de gajas.

Agora vêm as gajas reclamar e chamar nomes:
“Mas nem todas as mulheres conduzem mal, seu machista insensível! Há mulheres que sabem conduzir tão bem como os homens!”

Ok, era uma piada. Piada fácil, admito, mas tenho de confessar que foi a primeira coisa que me assolou os pensamentos assim que percebi que a frase “este estacionamento é só para mulheres” não era a gozar.