sábado, 17 de março de 2018

Ainda se fazem Pais como antigamente!


Um pai americano castigou o filho por fazer bullying no autocarro obrigando-o a ir para a escola a correr à chuva durante uma semana. Isto é brutal. No fim do texto podem encontrar o link para a notícia oficial.
Resumindo, o puto foi suspenso do autocarro da escola durante 3 dias porque gostava de arreliar e intimidar os colegas durante as viagens. O pai não gostou da piadinha do menino e deu-lhe um castigo à altura. “Vais a correr para a escola à chuva durante uma semana que é para chegares lá cansado e não fazeres porcaria” isto parafraseando o próprio pai. Parece o tipo de piada que eu faria, mas não. Foi o próprio pai a dizer que fez isto para ele chegar à escola sem energia para fazer asneiras. Este pai é genial. A melhor parte é que há um vídeo do puto a correr à chuva enquanto o pai acompanha atrás no carro enquanto explica o que o motivou a fazer aquilo. Embora não concorde com aquele pai a 100%, ele diz uma coisa espetacular. Parafraseando um pouco: “Educar os nossos filhos é o que é preciso na sociedade. Não é controlo de armas. As armas eu tenho-as no armário e posso controlá-las para sempre, o meu filho tenho que o educar enquanto posso, antes dele crescer (…) quando eu não estou ele tem livre arbítrio, tenho que o educar enquanto estou, para que ele cresça e diga «O meu pai esteve sempre comigo, mesmo nos momentos em que eu não tenha gostado disso, mas esteve» e para que ele seja um ser humano decente”. É possível que o que ele disse seja extremamente diferente do que eu aqui escrevi, mas a ideia é essa. E como não quero enganar ninguém, tal como já disse, o link da notícia e do vídeo ficam no fim do texto.
Claro que, como em tudo, há gente que apoia e gente contra. “Coitadinho do menino! Isso é tortura! Pobre criança não merecia isso!” Pois é, quem tem essa opinião de certeza que nunca teve que encarar um bully nos dias de escola. Não é nada agradável. Ter uma besta maior e mais forte que vocês a dizer-vos “salta desse lugar que eu quero ir aí senão levas um murro na tromba” quando nem na adolescência se entrou não é um cenário leve. Mas aposto em como a pior parte do castigo daquele menino não foi o tempo entre casa e a escola a correr à chuva. Foi chegar à escola e sofrer com a humilhação de ter sido castigado por ser um pequeno poço de merda.
Se não me engano, a determinada altura do vídeo, ele diz que este tipo de castigo é que vai evitar os tiroteios nas escolas. Concordo plenamente com isso, mas não sei se será pelos mesmo motivos que o pai do bully. Esta criança não era um potencial terrorista à espera de apanhar uma arma a jeito e ir distribuir chumbo pela escola. Esta criança era o potencial motivo para algum introvertido frustrado agarrar numa arma a jeito e ir para a escola distribuir chumbo. Após este castigo, segundo a notícia que li, o comportamento do troglodita melhorou.
Com um pequeno gesto e algum exercício físico, este pai evitou o sofrimento de muitas crianças na escola às custas do filho dele. Props para este pai! E, se existissem mais destes pelo mundo, as escolas eram sítios mais agradáveis de se estar diariamente para todos.


Aqui podem verificar a notícia e o vídeo.

quinta-feira, 15 de março de 2018

A Universidade de Coimbra e a Democracia!


Olá, pessoal! Tudo bem? Ninguém quer saber!
Parece que a malta da Universidade de Coimbra decidiu acabar com a garraiada. Foi feito um referendo em que houve votação perante a pergunta “Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?”. Passo a informar-vos dos resultados: 70,7% “Não”; 26,7% “Sim”; 49 votos nulos e 96 votos em branco. Deixarei o link do Observador onde podem confirmar isto tudo. Assim podemos concluir que a garraiada terminou. Só que não. Os meninos da Universidade acham que são mais espertos que toda a gente e decidiram continuar com a tradição (“tradição”, a palavra mágica que sempre defende coisas que envolvem touros numa praça a serem objeto de diversão para os humanos). Também deixarei aqui o link e imagens da publicação feita pela página “Coimbra dos Estudantes” para poderem confirmar o que aqui escrevo.
Mas o que mais me fascina no meio disto tudo é a “justificação” que é dada perante a contestação desta decisão. É lindo.
Ora bem, de uma população de aproximadamente 24 000 estudantes, 5638 foram votar. Desses 5638, 70,7% votou contra a continuação da garraiada, 26,7% votou a favor. O que é que os meninos decidiram fazer? Eles afirmam que apenas 16% da população é contra a continuação da tradição e que impor a vontade desses 16% ao resto da população é, e passo a citar: “impor ideias de uma minoria a uma grande maioria.” “Mas afinal quem votou contra foram 70,7% ou 16%?” perguntam vocês, e bem. Pois é, estes 16% são em relação aos aproximadamente 24 000. É giro, não é? Eles agarram em aproximadamente 18 362 pessoas e dizem “Estas pessoas concordam connosco e querem que a garraiada continue!” É uma boa estratégia de democracia, não é? Eu nem consigo transcrever o quão atónito estou perante esta atitude. É que por mais que diga, parece sempre que falta veemência no que disse que devia dizer mais. Só mais uma vez, prometo! Eles usaram as hipotéticas opiniões dos que se abstiveram para sustentarem as suas próprias vontades e posições! Que bestas…!
E eu nem estou contra esta atitude para defender os touros. Na verdade, eu nem sei bem no que é que consta a garraiada porque nunca fui a nenhuma. O que eu quero aqui defender e apoiar em primeiro lugar é a democracia e a forma como deve ser exercida. Gente que está a representar a digníssima Universidade de Coimbra a manchar a democracia com comentários como “Dizes bem, somos uma academia da Liberdade, e é isso que defendemos, uma UC livre e diversa, com espaço para todos, onde cada um é livre de decidir os eventos que frequenta na academia, onde faz parte a garraiada. Liberdade, simplesmente. Nada mais antifascista do que isto.” a falar dum evento que perdeu o seu direito à existência por votação num referendo não me parece o melhor futuro para Portugal. Mas isso sou eu.



Aqui podem encontrar uma das notícias sobre a votação, aqui outra e aqui o post em que eles cagam no referendo e decidem ir com a garraiada para a frente à mesma... Leiam os comentários que aquilo é giro.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Feliz dia da Mulher!


Hoje é o dia mundial da mulher. Tão bonito… Porque as mulheres sofreram preconceito e tiveram de ficar em casa a tomar conta dos filhos sem poderem ir trabalhar, porque são vítimas de violência doméstica, porque demoraram a poder votar, porque não eram tidas em conta como membros da sociedade, porque recebem menos numa empresa do que um homem que faça o mesmo trabalho, porque sem elas a vida seria “a real pain in the ass”, como diz a gíria em inglês. Literalmente.
Mas sabiam que ser obrigado a ir para a guerra estoirar miolos em risco de ter os próprios estoirados também não foi uma fase muito boa da história do homem? E sabiam que a grande maioria dos sem-abrigo são homens? E sabiam, também, que em caso de violação ou violência doméstica uma mulher tem tudo e todos a favor dela – incluindo autoridades e instituições criadas com esse propósito – e os homens não? E sabiam ainda que o número de homens afetados por cancro na próstata é semelhante ao número de mulheres com cancro na mama e que os apoios gerados para o cancro da mama são desproporcionalmente muito mais elevados do que os apoios gerados para o cancro da próstata? E sabiam também que, independentemente da aptidão de cada um dos pais de criar um filho, a mulher tem sempre muito maior probabilidade de conseguir a custodia de um filho do que um homem? E já pararam para pensar que se, por alguma tragédia, houver necessidade de fuga de uma multidão, as mulheres e as crianças vão à frente e se alguém tiver que ficar para trás a morrer são os homens? Pois é. Nisso não pensam vocês. E eu só penso porque vi um documentário realizado por uma ex-feminista que fala destes assuntos todos e mais uns quantos (The Red Pill).
E depois disto tudo, sabiam que há um dia internacional do homem onde se poderia homenagear todas estas coisas e que eu descobri só porque fui pesquisar sobre o tema para ter que falar? Ah pois! Dia 19 de novembro! É que eu não fazia ideia…

Agora um bocadinho mais a sério. Como qualquer pessoa com dois dedos de testa, eu apoio a igualdade de género no que toca à sociedade (eu juro que isto não é sarcasmo). Mas hoje em dia, as feministas extremistas fazem do feminismo uma coisa parva, ditatorial e mal fundamentada. Vão buscar coisas mesquinhas com as quais embirrar e que só ridicularizam tanto a sociedade como o feminismo em si (coisas como “o Cartão de Cidadão deve passar a chamar-se Cartão de Cidadania porque as mulheres não se sentem incluídas” ou, quando falamos para um grupo, não devemos dizer “Bom dia a todos”, mas sim “Bom dia a todos e todas”. Bardamerda…)

Algures na net vi uma citação não sei de quem que dizia algo parecido com “As mulheres querem tanto a igualdade em relação aos homens que se esquecem do que têm de único em relação a eles”. Frase um bocado paneleira, mas que explica bem a grande falha do feminismo extremista nos dias de hoje.

“MACHISTA!” Bardamerda também vocês junto com as feministas extremistas!

P.S.: Eu juro que gosto muito de mulheres. Mesmo das feias…

terça-feira, 6 de março de 2018

Chorar é bom e eu gosto de estar triste


Chorar é bom e eu gosto de estar triste. Por esta altura estarão alguns já a concluir “este é tonto… gosta que lhe aconteçam tragédias.” Obviamente que não é isso, meus gorgulhos de estrume. E se vocês não forem parvos dão-me uma oportunidade.
Claro que este texto não vou ser eu a ser poético ou profundo. Vou ser eu a queixar-me de coisas.
Para quem me conhece sabe que sou extremamente apologista e apreciador de humor negro, o que, por vezes, pode levar os que me rodeiam a pensar que sou insensível no que envolve esses assuntos. No que me toca tive duas grandes perdas na vida: o meu pai e um amigo. E mesmo assim sou capaz de fazer piadas sobre isso, o que não quer dizer que não me tenha custado e ainda custe a perda de duas pessoas importantes na minha vida. E, como tal, pontualmente, ainda tenho “quebras” no que toca ao assunto. Quando uma das pessoas é tema de conversa, quando surge uma fotografia, quando há um momento mais nostálgico e essas mariquices. Onde é que eu quero chegar com isto? Eu explico: Quando um desses momentos ocorre, a reação geral das pessoas é só uma: “Vá, não penses nisso. Não chores”. VÃO À MERDA! EU QUERO PENSAR NO ASSUNTO E CHORAR POR ISSO! Chorar sabe bem. Desanuviar um bocado. Descarregar! Ironicamente motivos semelhantes aos que me levam a fazer piadas sobre o tema.
Este é um dos casos em que meio termo não é bom. Se faço uma piada sobre uma morte sou insensível, tenho falta de bom senso, por aí fora. Se choro por causa da mesma morte “Não chores…”. Afinal em que é que ficamos? É melhor reprimir que aconteceu? Ou só é justificável falarmos no assunto em datas “especiais”? (Aniversário do defunto ou dia do ano em que morreu).
Portanto, aqui fica o conselho para quem o quiser acatar. Se alguma vez me apanharem a chorar por este motivo não me digam para parar de chorar ou pensar noutra coisa. Ou se mantêm calados, ou vão embora, ou choram comigo. Podem dar um abraço e fazer festinhas na cabeça, tipo gato. Mas só se forem gajas… Se forem homens basta uma palmadinha nas costas. Era só estranho ter um homem a fazer-me festas na cabeça…

segunda-feira, 5 de março de 2018

O Ego


O ego. Uma coisinha espetacular que se não existisse a vida era melhor. Se nós não tivéssemos a mania de alimentar o ego, era tudo tão mais bonito. Não havia gente a humilhar outros, não havia gente a atropelar socialmente os outros para terem um aumento de mil euros quando já recebem cinco mil, não havia ciúmes, não havia 90% das brigas que há e o Kim Jong-un não andava a medir pilinhas com o Donald Trump. Era tão bom. E também não tínhamos de andar a apaparicar pessoas sensíveis.

Treinador: Oh Chico, tu não preferes ir para a equipa de bordados? É que tu não tens jeito nenhum para isto! Nem na maldita bola acertas!

Correio da Manhã: TREINADOR DE FUTEBOL HUMILHA PUBLICAMENTE PRATICANTE MENOR PROVOCANDO-LHE TRAUMAS PSICOLÓGICOS QUE O MARCARÃO PARA A VIDA!!!!

Num mundo sem egos a reação do aluno seria simples:
- Obrigado, mister. Vou falar com o responsável pela equipa de bordados para saber se as minhas capacidades físicas são mais orientadas para essa bela arte do que são para o futebol.

E pronto. Ficava por ali e talvez o Chico até desse um excelente bordador!
E nas relações? As complicações seriam tão menos notadas!

- Raquel, hoje provei do almoço da Adelaide e estava mesmo bom!
- Adelaide? Mas era cozinhado por ela?
- Sim, sim. Ela tem mesmo jeito!
- Hm… Então, se calhar, começas a pedir à Adelaide para te fazer o almoço todos os dias… e já agora podes pedir-lhe também para te vir fazer o jantar… e aproveitas e ela que te lave a roupa também, meu porco dum cabrão!

E aqui se gerava uma briga porque a Raquel acha que pode ser a única boa cozinheira na vida do Chico. Sim o Chico dos bordados casou com a Raquel e trabalha com a Adelaide, algum problema? Bem me parecia.
Sem ego era muito melhor e mais produtivo!

- Raquel, hoje provei do almoço da Adelaide e estava mesmo bom!
- Foi? Então hás de lhe pedir a receita que, se quiseres, depois experimentamos a fazer aqui em casa. Não te prometo que fique tão bom como o dela, mas podemos tentar.

E era um descanso! Mas não. Andamos todos a cuidar do nosso ego como se fosse um menino de áfrica esfomeado e depois dá em presidentes de potências mundiais em picardia para verem quem é que tem o botão das armas nucleares maior e com maior acessibilidade para mandarem meio mundo pelo ar. Como é bela, a vida!

domingo, 4 de março de 2018

Publicidade é mau


Publicidade é mau. Publicidade “camuflada” é pior. Televendas é o degredo.
Ver e ouvir um anúncio como “Clonten faz o meu cabelo suave e sedoso com apenas uma passagem. Eu uso e abuso de Clonten!” enquanto uma celebridade internacional qualquer movimenta os lábios em inglês e o som sai na nossa língua nacional, é estúpido, mas ao menos não há rodeios. É aquilo e é para aquilo que ali estão e acabou.
Giro, giro é quando, a meio de uma novela ou algo parecido, se forma um diálogo como:

- Então e já mudaste para a Bufas&gases, como eu te falei?
- Já! Fui lá há bocado de manhã para mudar o contrato! São mesmo simpáticos, tinhas razão!
- E não fazem entrega ao domicílio como te falei?
- Sim! E ainda têm agora esta promoção em que oferecem um fogão de campismo, uma garrafa de gás, uma tenaz, um par de pantufas e um gato morto! É fantástico!
- Eu disse-te que eles são bons.
- Obrigado por mos teres recomendado!

Gente… Por favor… Já bastam os intervalos de 20 minutos, não bombardeiem o pessoal com mais publicidade durante a programação. É que além de estúpido, é irritante. Eu sei que esses tipos de programa são de ficção, mas não exagerem. Ninguém, em lado nenhum, debita todas as promoções e qualidades de um serviço de rajada numa conversa casual.
Ainda nesta categoria está aquele pessoal da publicidade em redes sociais:
“Quando a minha viatura tem algum problema vou sempre ao Autobots&Transformers. Sou sempre muito bem atendido, o carro fica como novo e o atendimento é rápido, simpático e muito eficaz!” – isto como descrição de uma foto em que o dono do perfil da rede social está ao lado do responsável pelo estabelecimento publicitado, abraçados de forma extremamente desconfortável. Nada transmite mais confiança e viabilidade num serviço do que um abraço forçado do seu fornecedor.
Mas, mesmo com tudo isto, não existe nada, nada, nada, NADA! pior do que televendas. A energumenia (palavra por mim tão bem inventada) saliente em todas as pessoas presentes nestes anúncios perante tarefas básicas do dia-a-dia de qualquer pessoa é assombrosa e, até mesmo, dolorosa. Isso e todo um novo nível de lábios em línguas estrangeiras a proferirem palavras em português. Palavras essas que são também elas hilariantes. Desde um senhor a agitar molho de tomate numa frigideira porque o diverte até uma senhora que diz que essa mesma frigideira “tem piada”.
E aquele senhor que todos os meses, ou coisa assim, apresenta um produto novo? Ele é pantufas, ele é malas francesas, ele é joias com a senhora de Fátima, ele é tudo e mais alguma coisa. Aquilo é uma alegria. E toda a classe e homossexualidade com que ele fala de cada produto são deveras dignos de nota.

Para finalizar, vou mencionar a única coisa que se consegue equiparar às televendas: Os anúncios a estimulantes sexuais protagonizados pelo Futre. Juro que não sei qual dos dois me dá mais vontade de lavar os olhos com ácido.