terça-feira, 2 de maio de 2017

A humanização de uma real besta!

Já há muito tempo que não dizia nada por aqui, mas hoje apareceu-me o motivo perfeito para quebrar o meu silêncio: A opinião do Henrique Raposo em relação à nova legislação defensora dos direitos dos animais.
Ora leiam-na aqui (para os mais lerdos, é para carregar na palavra "aqui").
Lida a opinião do senhor, vamos então ao que realmente interessa.
Analisemos a situação por pontos:

“Quem é que recebe a maior onda de indignação? O toureiro que fere um touro ou o dono do rottweiller ou pittbul que mata um bebé?”
Então mas afinal estamos a comparar humanos com animais ou humanos com humanos? É que o dono do rottweiller ou pittbul também é humano…

“O cão recebe uma campanha de compreensão na internet. As pessoas lembram-se do nome do cão assassino e não do nome do bebé assassinado. A humanização do animal (o abate é visto como um “assassínio”) causa assim a desumanização do bebé, da criança, do ser humano.”
Para o cão ainda há salvação. Que é não o matar. O cão não atacou o bebé por ter fetiches por matar bebés. Atacou-o, muito provavelmente, por uma das seguintes razões: Por algum motivo se sentiu ameaçado e a sua reação foi atacar ou tem um dono retardado que o educou de forma a que ele se tornasse violento. De qualquer das formas a culpa é do dono, visto que este é que tem que tomar uma atitude perante o tipo de cão que tem. Portanto, como podem notar, a culpa aqui é sempre de um humano.
Então e devemos matar o cão que atacou o bebé em honra da vítima? Ou seja, o abate do animal não deve ser feito para prevenir possíveis futuros ataques, mas sim porque a vítima do primeiro tem que ser vingada. É mais ou menos isso?

“Portanto, se seguíssemos esta lógica, teríamos de dizer que o abate de um cão é mais indecente do que a eutanásia de um homem em coma. Se repararem bem, já lá estamos, já vivemos nesta lógica: o ar do tempo defende a eutanásia enquanto grita histericamente contra o “assassínio” de um cão.”
Eu nem vou falar no caso da pessoa em coma porque isso é demasiado discutível para ser abordado agora. Mas obviamente que vou falar do resto! Vamos então agarrar nas duas premissas que o Raposinho arranjou:
Premissa 1: Homem quer morrer
Premissa 2: Cão não quer morrer (nenhum cão passa a ter vontade de morrer por ter atacado, ou até morto, seja lá o que for)
Segundo este intelectual, o mais acertado a fazer é obrigar um ser humano a viver uma vida miserável e tortuosa contra a sua vontade e, por outro lado, matar um animal que nenhuma consciência tem da gravidade daquilo que fez.

Humano: Acabem-me com a vida! Não me mexo da cintura para baixo, cago-me sem conseguir segurar, tenho convulsões de 3 em 3 minutos e estão a sair-me sapos das orelhas! Estou farto disto, quero morrer!
Henrique Raposo: Não, não, não, não, não! Vais aguentar isso tudo e o que estiver por vir porque a vida humana é sagrada e acabar com ela é pecado! Agora vê se dás de comer aos sapos que já não os posso ouvir…

Cão: *Abana a cauda* Béu, béu, béu, béu! *lambe-se*, *abana mais a cauda*!

Henrique Raposo: Tu vai barda merda que não és humano! Ainda por cima aposto que não acreditas em Deus!