terça-feira, 30 de agosto de 2011

Confirmação

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Eu disse: http://duffler-09.blogspot.com/2011/08/o-prazer-e-nos-censurado-pela-vida.html

fuck that shit

Hoje a minha mãe decidiu infernizar-me a vida. E foi mais ou menos assim:

Mãe: TU JÁ ANDAS A ABUSAR! ESTÁS SEMPRE BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ E NÃO TENS RESPEITO NENHUM! NÃO QUERES SABER DE BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ CONVERSA SEM JEITO BLÁ BLÁ BLÁ COISAS DESINTERESSANTES BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ WHISKAS SAQUETAS BLÁ BLÁ ISTO TEM QUE MUDAR BLÁ COISA E TAL BLÁ BLÁ BLÁ E QUALQUER DIA ACONTECE-TE ISTO AQUILO E O OUTRO! JÁ ESTOU FARTA DE PATATÍ PATATÁ BLECOLARECO OSPAIGPNWIGPNVWSNFVBG SEMPRE A MESMA COISA PSAGNJPSIFBS BLÁ… BLÁ… BLÁ…

Eu:
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sábado, 20 de agosto de 2011

Existência

Estou de barriga para baixo. Sinto-me leve. Talvez a flutuar, sim, é isso. Estou dentro de água. Sinto-me bem. Não! Não estou bem, estou sem ar. Estou a sufocar. Procuro a superfície o mais rápido que consigo. Não a alcanço, por mais que nade não chego lá, não há superfície, apenas água, muita água e uma luz baça. É pavoroso, sinto-me a morrer. Não, volto a sentir-me confortável, o oxigénio chega-me outra vez à cabeça. Consigo respirar, debaixo de água. É um bem-estar estranho. Vejo uma pequena sombra a vaguear à minha volta. Essa sombra transforma-se numa luz. Ela afasta-se e tento segui-la. Ela foge para aquilo que me parece ser para baixo. Continuo a persegui-la e ela continua a fugir. A luz ambiente vai desaparecendo aos poucos. Mais uma sombra aparece a vaguear por perto, mas esta não se torna numa luz. Esta cresce e foge rapidamente. Outras aparecem. Muitas. A pequena luz desapareceu. Uma sensação horrível aparece. Medo. Muito medo. As sombras movimentam-se muito rápido. Está escuro. Não sei quando ficou escuro. Não dei por isso. Começo a sentir o corpo cada vez mais pesado e começa a ser difícil respirar. Não me consigo mexer. Fica calor. Um calor abafado, irritante. Apetece-me gritar. Gritar por ajuda. Tento faze-lo mas é como se me tivessem roubado as cordas vocais. Nenhum som me sai da garganta, nem mesmo ar. Tudo o que me envolve é apenas um nada infinito. Não! Há uma luz. Uma luz que me parece vir de cima. Está a aumentar. Cada vez é mais intensa. Torna-se demasiado forte para os meus olhos. Não vejo nada, estou encandeado. É tudo branco. Não consigo ver o meu próprio corpo. É como se fosse apenas uma consciência no meio de nenhures. A temperatura está agradável, não tenho calor nem frio. Nem tenho a certeza se existe temperatura. Apenas tenho a certeza de uma coisa: existência. É a única coisa que posso afirmar… Será um sonho? Terei morrido? Não me lembro de nada. Não tenho recordações seja do que for.

Não me lembro do meu início e não sei se terei um fim…

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Prazer é-nos Censurado pela Vida

A vida tem uma infinidade de experiências prazerosas para nos oferecer e cada um de nós tem as suas preferências. Mas independentemente daquilo que elejamos como favorito, todas essas experiências têm os seus contras. Posso enumerar vários exemplos: tudo o que normalmente preferimos comer nos faz mais mal do que aquilo que preferimos por de parte; quanto mais álcool tem uma bebida, mais gostamos do efeito que tem em nós e pior nos faz ao corpo; coisas como fumar são habitualmente intituladas de “porcaria” quando se fala delas a uma criança, podemos calcular porquê; droga, seja comida, injectada, fumada, snifada ou assimilada de qualquer outra maneira pelo nosso corpo, é tão prejudicial que é proibida na maioria dos países; apanhar sol nas horas de maior calor, para que a nossa pele fique de uma cor mais escura, provoca escaldões a curto prazo e cancro da pele a longo prazo; etc., etc., etc..
E quando finalmente encontramos algo que nos dá prazer, pode ser feito de uma maneira segura sem nos prejudicar a saúde, e determinados médicos até dizem que pode prolongar a vida de alguns doentes, o que é que acontece? A sociedade censura-o: sexo!
Qualquer ser humano que procure sexo sem qualquer interesse sentimental é considerado tarado sexual sem sentimentos, caso seja um homem, ou uma simples puta, caso seja uma mulher (ou uma bicha histérica se se tratar de um homossexual).
Conclusão disto tudo: a vida é injusta…

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Músicas Publicitárias

Como já falei num post anterior, as letras das músicas portuguesas nem sempre são as melhores, mas como é normal, há sempre alguém que consegue fazer ainda pior. Falo, neste caso, dos reclames que usam músicas extremamente horríveis mas que se enfiam nas nossas cabeças como parasitas mortíferos. Temos vários exemplos como a famosa música do Pingo Doce e o queijo da Vaca que Ri (com o seu magnífico jogo de palavras, usando a palavra “deleite” quatro vezes seguidas, devido ao produto ser um lacticínio)… Mas apareceu, não há muito tempo, um anúncio que conseguiu superar esses dois e mais algum do género que possa existir: o “Favaíto”!

Apreciem o dito:

Para possíveis portadores de alguma deficiência auditiva, irei transcrever a letra:

“Bonito, Bonito!
É pedir um Favaíto!
Com limão? Cai bem!
Com Cerveja? Também!
Com tónico? É demais!
Delicioso puro…
Isto sim é que é bonito…
Favaíto!

O Moscatel original!

Portanto… Era mesmo necessário isto? Lá porque as músicas são estupidamente entranháveis nas nossas cabeças não quer dizer que gostemos delas ou que nos levem a procurar mais o/a produto/empresa em questão…

Aqui vai uma mensagem para os senhores que estruturam os anúncios: não se dêem ao trabalho de inventar músicas e respectivas letras. Ninguém gosta delas, e muito menos nos sentimos mais motivados a procurar o publicitado devido à causa da música… Por outras palavras, o vosso esforço é inútil!

Uma história para ler à noite

Após um longo serão de puro prazer em sua casa, o jovem Scott veste um casaco para ir levar a sua namorada, Emily, a casa. Eram aproximadamente três horas da manhã quando saíram de sua casa. Não se via ninguém na rua, à excepção de um carro ou outro que passava. Iam caminhando lentamente enquanto conversavam.

Finalmente chegaram a casa dela. Despediram-se com um beijo e ele observou-a a entrar em casa.

Feliz com a vida e consigo mesmo, Scott iniciou o caminho de regresso a casa. As ruas estavam silenciosas como era normal àquela hora, mas não deixava de ser um silêncio estranho… um silêncio morto. Scott sentia-se anormalmente desconfortável e assustado. Não havia qualquer sinal de vida.

Enquanto seguia caminho calhou a olhar para dentro de um carro e deparou-se com a coisa mais inesperada e macabra que podia imaginar: um cadáver ensanguentado e de olhos esbugalhados. Os olhos do defunto aparentavam estar direccionados para Scott que com o choque apenas conseguiu soltar um grito mudo e começar a correr. Nem teve tempo de tentar reconhecer o corpo. Corria desesperadamente pela rua. Esforçava-se ao máximo para não olhar para dentro dos carros, montras ou janelas, mas como acontece sempre, quanto mais tentava desviar o olhar mais olhava.

Passou rente a uma montra e teve o azar de ousar olhar para ela. Desta vez foi algo ainda pior: quando olhou apenas teve tempo de ver um segundo cadáver, desta vez parecia que tinha sido atirado contra o vidro da montra e deitava uma espuma amarela da boca. O susto foi tal que nem conseguiu segurar o grito e perdeu o equilíbrio, tendo que levar uma mão ao chão para não ir lá com a cabeça. Continuou a correr, mais assustado que um gato preso num canil cheio de cães. Corria o mais rápido que conseguia tentando não olhar para lado nenhum. Ia no passeio quando sentiu algo a bater-lhe nas costas. Gritando novamente afastou-se e viu o que o tinha atingido: um gato, também ele morto, com os olhos revirados e cauda cortada recentemente. Olhou para cima e viu a possível origem da queda do gato: uma janela do 3º andar, aberta com a cortina rasgada a esvoaçar de dentro da janela por efeito do vento. Já em puro pânico chegou à sua rua e novamente deixou os olhos escaparem para uma janela. Desta vez era a janela da casa à frente da sua, e uma vez mais lá estava, outro cadáver, a sua vizinha da frente, sra. Amanda, que conhecia desde que se lembrava de existir. O terror apoderou-se do seu corpo e a sua reacção foi correr para dentro de casa, fechar a porta o mais rápido possível, despir-se até ficar em boxers, enfiar-se na cama e pedir, a alguém “maior” que eventualmente o ouvisse, que tudo aquilo não passasse de um pesadelo.

ACORDOU. Sobressaltado, levantou-se rápido ainda na dúvida se tinha sido verdade ou apenas um sonho. Ao sair do quarto deparou-se com os pais. Um alívio, mesmo que tivesse sido real os seus pais tinham escapado. Foi tomar banho, vestiu-se, almoçou e saiu de casa. As janelas da casa da sra. Amanda estavam abertas tal como na tinha visto, mas não havia quaisquer vestígios de sangue. Ouviu a porta a abrir e sentiu um enorme peso sair-lhe de cima ao ver a sua vizinha sã e salva. Fora apenas um sonho, nada que o pudesse preocupar. Ia ter com Emily, portanto tomou o caminho habitual. Já completamente sossegado seguia caminho normalmente quando tropeçou em alguma coisa. Olhou para baixo para ver o que o tinha feito quase cair e o coração subiu-lhe à boca quando viu o que era. O gato do seu suposto sonho. Exactamente igual ao que se lembrava, com olhos revirados e cauda cortada, embora já tivesse o sangue seco. Olhou para cima e lá estava, a cortina rasgada a dançar ao sabor do vento… Para seu horror, vislumbrou ainda, atrás da cortina, um sorriso sádico e macabro esboçado por uma cara que conhecia tão bem: Emily…