segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Shit my dad says

Não vai há muito tempo, comprei um livro que se intitula “Merdas que o meu pai diz” (traduzido do inglês “Shit my dad says”). Como podem ver é um título que chama a atenção de qualquer um que lhe passe o olhar por cima. Foi escrito por Justin Halpern e trata, como o nome indica, de todo o tipo de merdas que o pai do autor dizia. Posso arriscar a dizer que, até hoje, foi o mais atractivo livro que li.
Este livro apareceu porque o autor começou, por brincadeira, a pôr frases ditas pelo pai no Messenger, e um amigo dele, ao ver aquilo, o aconselhou a criar uma página no Twitter para registar todas as improváveis loucuras ditas pelo pai (Sam Halpern). Diz o autor que durante a primeira meia dúzia de dias teve apenas alguns seguidores, mas que em muito pouco tempo a fama do pai cresceu de tal modo que mais de trezentas mil pessoas seguiam a sua página sobre o seu pai. Começaram a aparecer jornalistas, produtores de televisão e agentes literários interessados nas histórias dele, e embora uma pessoa normal talvez considerasse isso uma coisa boa, aqui, isso não aconteceu. Justin descreveu o que sentiu nessa altura como puro pânico. Baseando-se no que conhecia do seu pai, imaginou que a ideia de estar exposto ao mundo não lhe agradaria nada (quando explica isto o autor dá um exemplo da opinião do pai em relação a um concurso televisivo). Resumindo um pouco a história, o Halpern júnior não podia estar mais enganado. Quando contou ao pai sobre a página que tinha criado, ficou espantado quando Sam Halpern se riu e praticamente ignorou o facto de milhares de pessoas saberem da sua rara maneira de ser.
O livro é composto por pequenas histórias sobre Sam Halpern, intervaladas por pequenos grupos de citações individuais do mesmo. Irei transcrever algumas dessas citações, espero que gostem.

Sobre ir à casa de banho
“Tens quatro anos. Tens de cagar na sanita. Esta não é uma daquelas negociações em que andamos para trás e para a frente até chegarmos a um meio-termo. Isto só pode acabar contigo a cagar na sanita.”

Sobre o primeiro dia no infantário
“Achaste difícil? Se o infantário te deixa de rastos, tenho más notícias para te dar sobre o resto da vida.”

Sobre bons modos à mesa
“Meu Deus, será que podemos jantar uma vez que seja sem que tu entornes qualquer coisa? (…) Não, Joni, ele fez de propósito, porque senão só pode ser atrasado mental e nenhum dos testes revelou que fosse.”

Sobre passar a noite em casa de um amigo pela primeira vez
“Vê lá se não mijas nas calças”

Sobre ser gozado
“Com que então, ele chamou-te maricas… Grande coisa. Não há nada de mal em ser-se homossexual. (…) Não, não estou a dizer que és homossexual, meu Deus. Agora já percebo porque é que esse miúdo queria chatear-te…”

Sobre desportivismo
“Jogaste muito bem, jogaste mesmo. Estou orgulhoso. Infelizmente, a tua equipa é uma merda. (…) Não, não podes zangar-te com as pessoas só porque são merdosas. A vida encarrega-se disso, não te preocupes.”

Sobre meter-se em apuros na escola
“Mas porque raio haverias de atirar uma bola à cara de alguém? (…) Ah. É uma razão bastante válida. Bem, não posso fazer muito a respeito de o teu professor estar chateado, mas entre nós está tudo bem.”

Deixo aqui os links de algumas das páginas do autor onde podem encontrar mais citações de Sam Halpern (caso alguém queira, posso transcrever mais algumas das citações transcritas no livro, basta pedirem):

http://www.facebook.com/ShitMyDadSays

http://twitter.com/#!/shitmydadsays

http://www.goodreads.com/author/show/3406353.Justin_Halpern/blog

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu sei que não mando nada, mas…

Eu não percebo nada de política e honestamente não é coisa que me desperte interesse, mas pelo pouco que sei é através dela que quase tudo funciona (bem ou mal) no nosso país. Hoje falo especialmente sobre escolas e o ministério da educação. Tanto quanto sei, para se construir uma escola, o ministério da educação tem que tomar conhecimento disso e aprovar o projecto e por aí fora. O que eu já não sei é se depois de construída a dita escola, o ministério toma conhecimento do seu “bom” funcionamento. E estou com este paleio todo porquê? Porque a escola que eu frequento é relativamente nova e toda cheia de paneleirisses, mas coisas que são relativamente importantes para o conforto dos alunos e professores, cagou… não há.
Quando entramos no recinto escolar somos praticamente obrigados a passar o cartãozinho (magnético) escolar, ainda não percebi bem porquê. Se não o fizermos vem um funcionário qualquer atrás de nós como se tivéssemos cometido uma grande infracção. Precisamos de tirar senha para ir ao bar como se estivéssemos num talho ou algo semelhante e em determinadas salas temos uma espécie de estantes onde devemos por as mochilas para não ocuparem espaço de trabalho. Isto são as paneleirices. Agora vem a outra parte. Como devem ter reparado, nos últimos dias, tem estado mais calor do que o normal nesta época do ano, e como tal, as salas que estão ao sol, principalmente durante a tarde, parecem saunas mistas. E porquê? Não faço ideia. Porque, para quem não sabe, as salas estão equipadas com ventiladores que, aquando ligados, tornam a temperatura da sala de aula bastante mais agradável, estimulando os alunos e professores a trabalharem com mais vontade. Eu sei que é uma comodidade que não é estritamente necessária e que antigamente não existiam estes luxos, e que, ainda hoje, existem estabelecimentos de ensino com muito piores condições que os nossos, mas o problema não é esse. O problema é nós termos os equipamentos e não podermos usufruir deles.

Vamos lá, senhores directores e restantes responsáveis pelas escolas. Liguem sistemas de regulamento de temperatura das salas de aula para que haja um melhor aproveitamento da parte dos alunos. Não custa assim tanto…