sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Otário - 0 Nerds - 1

Saudações, caros cibernautas. Hoje, no programa “5 para a meia noite”, foi mostrada uma rubrica que tinha como alvo eventos como a Lisboa Games Week e a Comic Con. E o que são esses eventos, perguntam vocês. A Lisboa Games week (evento no qual foi feito a rubrica) consta de tudo o que envolva jogos de computador/consola. A Comic Con (evento que está para acontecer em Portugal, pelo segundo ano consecutivo, daqui a pouco mais de uma semana) consta de tudo e mais alguma coisa que envolva ser nerd: jogos, filmes, séries, desenhos animados, etc..
Em estúdio estava um jovem vestido com um cosplay (se não sabem o que é vão pesquisar ao google, seus lambões) feito por ele próprio no qual investiu 7 meses de trabalho. Quando ele partilhou este facto com o apresentador, a reação foi “7 meses? Deves ter muito tempo livre”. Pergunta parva, visto que, claramente, era um fato trabalhoso. Se o cosplayer dissesse que o tinha feito em dois meses faria mais sentido fazer tal observação imbecil. Mas esta parte não foi, de modo algum, o pior.
Como já disse, a rubrica foi feita na Lisboa Games week. Ou seja, uma multidão de gente a jogar, a ver jogar, a falar sobre jogar, etc.. (Para quem quiser investigar melhor, o nome da rubrica é “duro como rocha”). Como seria de esperar num programa de comédia, a ideia é gozar um pouco com o panorama. Seria um bocadinho hipócrita da minha parte ficar indignado com isso, visto que também gosto de gozar e rir à custa dos outros. Mas se o problema não é ele gozar com o evento, então qual é? É a hipocrisia e basicidade (não sei se esta palavra se aplica aqui mas fica bonito). Aqui ficam algumas das alarvidades que o energúmeno disse:

*Jogador entrevistado diz que foi à final de um torneio mas perdeu* “então tu és o Jorge Jesus dos jogos de computador… porque vais à final, mas perdes” – piada estúpida e básica.

“Tentei. Acreditem que tentei, mas já me estava a parecer demasiado estúpido estar ali duas horas a ver uns bonecos a matarem-se uns aos outros numa selva quando eu podia estar a jogar “Shaquier”.” (Não me perguntem o que é Shaquier que também não sei). – epá, realmente que atrasadinhos, ficarem tanto tempo a olhar para um ecrã a dar coisas tão repetitivas. Sabem o que é que era muito mais interessante que isso? Era ir ver um jogo do Benfica! É que ver 22 homens a correr atrás de uma bola durante mais de 90 minutos é muito mais normal…

“O dia que aqui passei fez-me perceber que isto está a atingir toda uma outra dimensão. Em vez de se jogar há cada vez mais pessoas a ver os outros jogar. Especialmente no youtube. Na Lisboa Games Week as maiores filas eram compostas por miúdos que queriam autógrafos dos seus ídolos youtubers. Isto para mim não faz sentido nenhum. Mas devo ser eu que estou a ficar desatualizado. É um problema de gerações.” – E cá está outra vez a mesma coisa! Estes anormais em vez de jogarem, ficam a ver os outros jogar. E ainda por cima querem autógrafos dos jogadores! Fogo, que estupidez. Hoje por acaso era para ter trazido a t-shirt do Real Madrid assinada pelo Cristiano Ronaldo, mas estava para lavar porque a usei enquanto via o Barcelona a enfardar 4 no Real pela stream da sport tv a 360p.

(Aqui dirigindo-se diretamente a um gamer/youtuber): “Eu posso jogar o jogo que tu estás a jogar! Eu posso-me entusiasmar a jogar o jogo que tu estás a jogar! Porque é que eu em vez de estar a jogar vou perder tempo a ver-te jogar?” – Outro gajo com a mania que é bom só porque há gente a vê-lo a jogar. É que isto realmente é uma estupidez perder tempo a ver estes gajos jogar. Mais valia ir ver o top10 jogadas do Messi.

Pois é… Se calhar, ver outras pessoas a jogar em vez de irmos nós próprios jogar não é uma coisa assim tão recente e estúpida quanto isso. Cá me cheira que essas piadas já estão fora do prazo de validade. Já vens um bocadinho tarde e fora de contexto para fazeres essas piadas, não? 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

OH OH OH MOTHERFUCKER!!!

E, uma vez mais, o natal está a chegar. Ou não, mas tudo o que possa render com a época tenta levar-nos a crer que sim. E eu, que sou diferente de todos, vou tentar convencer-vos disso, tal como os outros, mas sem ganhar grande coisa com isso. Isto porquê? Porque quero estrear um avatar todo natalício que a minha namorada tanto se esmerou a fazer. E como eu sou como os putos e gosto de tudo o que é novo, mesmo que não seja grande merda, vou mudar já de imagem só porque é giro.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SMTUC parte 2: Uma aventura no 24T

Há já algum tempo que não vos presenteio com os maravilhosos excrementos que saem da minha imaginação fértil. E isto porquê? Porque, ultimamente, os únicos escândalos que por aí deambulam são à base de política e aldrabices. Desculpem a redundância (*Introduzir gargalhadas “britcom” aqui). Dado eu ser um leigo no que toca a tal temática, prefiro não forçar as piadas, ou ainda me sai o tiro pela culatra.
Para compensar a minha ignorância na política, posso contar uma história de autocarro que presenciei há uns dias. E então cá vai: Ia eu no SMTUC, quando o mesmo pára para apanhar uma senhora que aparentava ser algo entre “cega” e “semi-cega”. Ao entrar no autocarro, confirma se este era o correto, esperando que o condutor lhe dissesse qual era, e, ao certificar-se que se encontrava no transporte desejado, lá entrou. Dado não haver bancos vagos, a senhora acomodou-se no meio daquele matagal de gente sem incomodar ninguém. Ao presenciar a cena, uma senhora que se encontrava de pé, sugere a outra senhora que se encontrava sentada, que esta se levantasse para que a recém-chegada pudesse ir mais confortável na sua viagem (uma atitude, na minha opinião, um pouco desnecessária, dado a senhora ser cega, não coxa, e a “boa” condução de todos os “smtuquianos” põe-nos em pé de igualdade no que toca a equilíbrio dentro daqueles botes). Ouvindo a bem-intencionada sugestão, várias pessoas se levantam para dar o lugar à invisual e, passado alguma insistência, a senhora lá aceitou tomar um dos lugares. Agora vem a parte emocionante: no meio de toda a confusão, houve uma senhora que teve a triste ideia de dizer “está ali uma criança sentada”. Erro crasso. A intensão da senhora pareceu-me ser boa, mas teve uma escolha de palavras muito infeliz. Ao ouvir as amaldiçoadas palavras, a acompanhante da criança (possivelmente a avó da mesma) não se deixou ficar calada. Muito pelo contrário. “A senhora estava a dizer que está aqui uma criança? Mas a criança paga bilhete de adulto e, o motorista que está ali, sabe que picou o bilhete como qualquer outra pessoa, portanto não fale da criança porque a criança também paga bilhete (aqui pelo meio, a autora das palavras desencadeadoras da discussão, proferiu sons muito fracos parecidos com “nós também pagamos bilhete e vamos em pé”, mas aquilo pouco se ouviu. Continuando…) E vão aqui estas meninas que são jovens e também se deviam levantar (aqui dou toda a razão à senhora, visto que as ditas meninas iam nos lugares reservados a grávidas, pessoas com crianças ao colo e idosos. A senhora invisual não era nenhum dos três mas merecia mais ir num daqueles lugares do que as meninas) e não levantaram porque é que tem que ser a criança a levantar-se?!!!!” E aqui, um senhor idoso de ar reservado mas simpático que ia no lugar da frente do autocarro, diz “daqui a pouco a culpa é do gato”. Na minha opinião foi a melhor intervenção feita durante a minha pequena viagem no transporte público.

Mas a história ainda não acabou! Algumas paragens após o início da acesa troca de palavras, a criança e respetiva avó (vamos assumir que é mesmo avó) saem do autocarro. E qual é a atitude da autora do comentário polémico perante esta situação? Acertaram! Juntou-se à primeira mulher que viu com ar de quem lhe ia dar bola e começou a descarregar: “na minha opinião quem se devia levantar são os mais novos, mas isso é só o que eu penso…” E eu, que até quase que compreendia o lado da senhora, fiquei com vontade de lhe ir perguntar porque é que não tinha dito exatamente aquilo uns minutos mais cedo enquanto estava a ser enxovalhada devido ao triste comentário que tinha feito. Porque é que esperou que a sua oponente abandonasse o veículo para dizer o que tinha a dizer. É certo que o que tinha a dizer não se revelou grande argumento mas, se não o disse em sua defesa perante uma adversária implacável, mais valia manter-se bem caladinha até chegar a casa e não ir fazer figura de cobardolas à frente de meia lotação de autocarro.