terça-feira, 28 de abril de 2015

A mais bela história de amor

Ora pois que estou agora em Leiria, na paragem de autocarros. Acabei de vir das Caldas da Rainha e estou à espera do autocarro que seguirá para Coimbra, que é o meu destino. Isto é apenas a introdução desinteressante à linda história de amor que aí vem.
Vínhamos nós muito confortavelmente no silêncio do autocarro quando o condutor quebra o momento: “Oh Zé, agora posso deixar-te em casa”, diz o condutor amavelmente para o passageiro que ia no lugar imediatamente atrás do seu. “Não vale a pena Chico, eu apanho um táxi”, responde o segundo homem educadamente. “Pelo amor de Deus, Zé, não me custa nada” insiste o condutor.
- A sério que não vale a pena, eu apanho um táxi, a companhia paga.
- Estou a falar a sério, esperas uns 10 minutinhos para eu limpar o vidro do autocarro e eu levo-te a casa.
- Oh Chico, tu nem moras para aquela zona. Deixa estar, eu apanho o táxi.
- Mas não me custa nada!
- Não vale a pena, Chico. A sério eu apanho o táxi.
- Mas olha que eu estou a falar a sério, não é por 15 minutos de desvio que alguém morre.
- Não vale mesmo a pena deixa estar.
- Mas eu levo-te a casa!
- MAS EU NÃO QUERO QUE TU ME LEVES A CASA!
- AI ISSO É QUE QUERES!
- NÃO QUERO NADA! – E nisto começam ao murro, um saca duma ponti-mola, o outro de uma de 9mm e a cena torna-se um mar de sangue e tripas.
Ok, estas últimas quatro frases são mentira. Era só para efeitos dramáticos. Mas podem apanhar a ideia.
Eu juro que se a viagem durasse mais uns 10 minutos eles começavam a discutir por causa da “boa educação”.
E pronto. Agora vou continuar a minha espera pelo autocarro que só chega cá às onze da noite.
E vocês têm que ir trabalhar. Não deviam estar a ler isto no emprego.
Estou a gozar, ninguém lê este bolg de merda. Mais depressa iam lavar a loiça por estarem entediados do que vinham ler isto.

Triste vida.

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