Eu tenho
dois gatos
Às vezes
quatro.
E os meus
dois gatos, às vezes quatro
Têm cada um
a sua personalidade
Brigam e
destroem-me a casa
Mas, uma vez
por outra,
Agem com
caridade
Como deuses
benevolentes
Recolhem as
unhas e escondem os dentes
Deixam-nos
fazer-lhes festas, indiferentes
E até nos
lambem as mãos, condescendentes
São bichos
peculiares
É impossível
não lhes desagradares
Nem que seja
por te movimentares
Ou mesmo por
respirares
São
vaidosos, arrogantes
Irritantes e
mesquinhos
São seres
repugnantes
Mas quando
nos olham com aqueles focinhos…
São bonitos,
deslumbrantes
Mimosos e
fofinhos
São
criaturas radiantes
Até nos
cravarem as unhas nos colarinhos!
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