quarta-feira, 27 de maio de 2015

Je suis Lennon

Há já uns tempos que não se fala em nada sobre feminismo, e eu, como desmancha-prazeres que sou, vou trazer o assunto à baila (engraçado, quem tem fama de ir buscar situações que já ninguém se lembra só para embirrar são as gajas…).
Há uns meses, uma barbearia interdita a mulheres foi notícia devido a ser alvo de invasão por parte das mesmas. Até aqui nada de novo. Houve grandes discussões, de um modo geral mulheres a favor da invasão e homens contra e por aí fora.
Eu, como besta machista que me esforço por ser (para os mais desatentos, isto é uma piada) sou obviamente contra aquela invasão (esta parte já não. Sou mesmo contra). E como tal vou agora fazer aquilo com que gozei no meu último post: agarrar na primeira situação inversa e esfregar na cara do “júri” (que serão os senhores leitores, se os houver).

 Notícia super interessante que dá sentido e motivo de ser a este post!!!!



Este artigo foi publicado há não muito tempo e para resumir (ou para aqueles que não percebem inglês) um senhor chamado John Lennon (não, não é o cantor dos Beatles) foi violado durante 3 horas e meia no seu apartamento em agosto de 2010. Por enquanto nada de novo. Agora é que vem a parte gira: o desgraçado ligou para uma linha de apoio a vitimas de violação e a senhor que o atendeu respondeu-lhe qualquer coisa como “tenho muita pena mas o senhor não pode ter pila para nós o podermos ajudar”. Obviamente, não foi nada disto. Ela só lhe disse que aquele serviço era exclusivo a mulheres. O que é uma estupidez na mesma. O pobre coitado com o cagalhoto na mão porque não o conseguia segurar com o rabo (“eh que insensível!” pois…) e é enxotado porque não é mulher… Na minha opinião, os homens da zona deviam juntar-se todos e invadir a cena e fazer um escândalo por causa daquilo. “Ah, mas só os violados é que teriam razão para fazer isso!” dirão os mentecaptos. Porque se assim fosse também só as mulheres que fazem a barba é que tinham o direito de invadir a barbearia.
Felizmente que o senhor Lennon não é uma besta como eu e decidiu, em vez de uma invasão, procurar mais fundo (para quem achar que isto foi outra piada de mau gosto eu juro que foi sem querer) e lá encontrou uma organização de apoio a vítimas de violação, homens ou mulheres.
Vou ser sincero: eu também sou um lambão do caraças e não me apeteceu ler a notícia toda e como tal também não sei muito mais que isto. Mas a ideia está lá. Acho que uma linha de apoio mista a vítimas de violação é capaz de ser um bocadinho mais importante que uma barbearia mista. Não sei. Digo eu.


Caso os senhores leitores sofram de cérebro ausente, isto é a minha forma amorosa de dizer que a descriminação não é apenas a favorecer os homens. Sendo isto nas coisas que interessam, porque toda a gente sabe que aquelas “ladies night” em que só os homens é que pagam entrada na discoteca é um grande ato de descriminação, mas aí as senhoras já não se queixam!

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