Há já uns
tempos que não se fala em nada sobre feminismo, e eu, como desmancha-prazeres
que sou, vou trazer o assunto à baila (engraçado, quem tem fama de ir buscar
situações que já ninguém se lembra só para embirrar são as gajas…).
Há uns
meses, uma barbearia interdita a mulheres foi notícia devido a ser alvo de
invasão por parte das mesmas. Até aqui nada de novo. Houve grandes discussões,
de um modo geral mulheres a favor da invasão e homens contra e por aí fora.
Eu, como
besta machista que me esforço por ser (para os mais desatentos, isto é uma
piada) sou obviamente contra aquela invasão (esta parte já não. Sou mesmo
contra). E como tal vou agora fazer aquilo com que gozei no meu último post:
agarrar na primeira situação inversa e esfregar na cara do “júri” (que serão os
senhores leitores, se os houver).
Notícia super interessante que dá sentido e motivo de ser a este post!!!!
Este artigo foi publicado há não muito tempo e
para resumir (ou para aqueles que não percebem inglês) um senhor chamado John Lennon
(não, não é o cantor dos Beatles) foi violado durante 3 horas e meia no seu
apartamento em agosto de 2010. Por enquanto nada de novo. Agora é que vem a
parte gira: o desgraçado ligou para uma linha de apoio a vitimas de violação e a senhor
que o atendeu respondeu-lhe qualquer coisa como “tenho muita pena mas o senhor
não pode ter pila para nós o podermos ajudar”. Obviamente, não foi nada disto.
Ela só lhe disse que aquele serviço era exclusivo a mulheres. O que é uma
estupidez na mesma. O pobre coitado com o cagalhoto na mão porque não o
conseguia segurar com o rabo (“eh que insensível!” pois…) e é enxotado porque
não é mulher… Na minha opinião, os homens da zona deviam juntar-se todos e
invadir a cena e fazer um escândalo por causa daquilo. “Ah, mas só os violados
é que teriam razão para fazer isso!” dirão os mentecaptos. Porque se assim
fosse também só as mulheres que fazem a barba é que tinham o direito de invadir
a barbearia.
Felizmente que
o senhor Lennon não é uma besta como eu e decidiu, em vez de uma invasão, procurar
mais fundo (para quem achar que isto foi outra piada de mau gosto eu juro que
foi sem querer) e lá encontrou uma organização de apoio a vítimas de violação, homens
ou mulheres.
Vou ser
sincero: eu também sou um lambão do caraças e não me apeteceu ler a notícia
toda e como tal também não sei muito mais que isto. Mas a ideia está lá. Acho
que uma linha de apoio mista a vítimas de violação é capaz de ser um bocadinho
mais importante que uma barbearia mista. Não sei. Digo eu.
Caso os
senhores leitores sofram de cérebro ausente, isto é a minha forma amorosa de
dizer que a descriminação não é apenas a favorecer os homens. Sendo isto nas
coisas que interessam, porque toda a gente sabe que aquelas “ladies night” em
que só os homens é que pagam entrada na discoteca é um grande ato de
descriminação, mas aí as senhoras já não se queixam!
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