domingo, 24 de julho de 2016

Pokémon Go!

Pokémon Go! E agora, aqueles que não me conhecem assim tão bem estão na dúvida: Será que ele vai dizer mal? Será que vai apoiar? Sou bué misterioso, eu. Mas é mesmo só para os que não me conhecem bem, porque os que conhecem sabem perfeitamente que já tenho aquilo instalado no telemóvel e ando feito tonto pela rua a ver de bichinhos virtuais. Bichinhos virtuais esses que tantas manhãs me entretiveram, a mim e a tantos outros milhares de crianças que agora têm mais de 20 anos e andam por aí a fazer a mesma figura que eu.
Um jogo com estas dimensões já seria de esperar que causasse grande polémica. Muitas críticas e muitos julgamentos da parte de quem não se identifica com o jogo e, claro, muita gente a defender a qualidade e vantagens do jogo. Então vamos lá analisar as coisas e dizer o que já toda a gente disse: Dantes, os pais queixavam-se “estás sempre enfiado em casa a jogar computador/consola já nem te deves lembrar de que cor é o céu”, agora queixam-se “ando por aí na rua é só tontinhos com os telemóveis na mão à procura daqueles bonecos virtuais”. Vamos a analisar isto como deve ser e há aqui uma certa falta de coerência. E agora alguém diz “Então e porque é que não deixam de jogar jogos virtuais de uma vez? Assim as pessoas já não se queixavam!”, mentira. As pessoas arranjam sempre maneira de se queixarem. Mas, pondo as queixas de parte, os jogos virtuais estão a ganhar cada vez mais poder como forma de entretenimento e já há gente a ganhar milhares (se não milhões) por jogar em grandes competições dos mesmos. “Então se é assim porque é que vocês não vão também para essas grandes competições?” da mesma maneira que por eu ir jogar à bola com uns amigos ali para o ringue da vila não me dá aptidão para ir jogar pelo Benfica ou pelo Sporting. E já estou a sair completamente do contexto pretendido, mas esta temática dá-me vontade de bater em pessoas e, para não bater em pessoas, escrevo sobre o assunto para ver se me acalmo.
Voltando ao assunto Pokémon Go. Falando das vantagens do jogo, opiniões à parte: Sabem aquele jovem que realmente está sempre em casa, normalmente no computador, e nunca sai, mas porque não tem qualquer interesse no mundo exterior? De um modo geral essas pessoas têm um reduzido número de amigos e todos se encaixam na descrição acima relatada. Este jogo está a puxar essas pessoas para fora de casa. Está a fazer com que crominhos do PC e os brutamontes do desporto (falando nos estereótipos extremos) tenham um assunto em comum para usarem como tema de conversa e, quem sabe, a partir daí descobrirem mais interesses partilhados que até agora não tinham como descobrir. Esta parte é apenas em termos de socialização. Agora vamos para a saúde física. Estão a ver os tais jovens sempre em casa, etc. etc., tirando os que têm a sorte de ter uma boa genética (e mesmo esses) já pensaram em como aqueles corpinhos devem estar enferrujados e cheios de porcaria lá dentro? Este jogo obriga os interessados a saírem de casa e andar se quiserem alguma coisa feita. “Mas para os que têm a carta ou amigos com carta acabam por não fazer nada”, dirão os leigos na matéria. O jogo tem objetivos que apenas podem ser cumpridos com baixas velocidades, ou seja, se forem de carro o jogo manda-os ir levar na anilha que já têm idade.
Além de tudo isto, ainda há um fator cultural. O jogo usa pontos (normalmente) turísticos (monumentos, edifícios municipais e outros locais considerados importantes) como Pokéstops que são sítios ondem se podem ganhar itens para um bom aproveitamento do jogo.

É claro que também sei reconhecer as desvantagens do jogo, pelo menos as maiores: é que, como em tudo, há extremismos e certos “treinadores” de Pokémons esquecem-se de ver por onde andam (causando acidentes a si próprios e aos que os rodeiam) e, pior que isso, os que partem para a violência sem qualquer necessidade disso. Neste último caso já sou da opinião de lhe carimbarem a ferros quentes na testa “POKÉSTÚPIDO”. Assim as pessoas já sabiam o que esperar de tais pessoas.

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