sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sírias business

Nos últimos dias não se fala de nada que não seja Síria, sírios e refugiados. Toda a gente tem de cagar a sua léria sobre o tema, não vá passar por inculto ou desatualizado. E eu, como não sou exceção, também vou mandar a minha posta de salmão (é mais saudável do que pescada).
Como devem calcular, o facebook e outras redes sociais tiveram um grande impacto nas opiniões de muita gente. Se o primeiro post engraçado que viram foi contra os refugiados cá, são contra o acolhimento dos ditos. Se a primeira imagem inspiradora sobre o assunto que lhes assaltou o feed foi a favor dos refugiados, apoiam a solidariedade para com o próximo. Ok, eu acabei de inventar esta teoria e decidi escrever só porque parecia extremamente intelectual e superior. Não liguem, é treta.
Agora mais a sério, já repararam que este tema, quando é discutido, quase parece futebol? Quando há discussões sobre futebol, na grande maioria das vezes, é cada um a referir as vitórias e taças do seu clube e as derrotas e falta de taças dos clubes dos outros. Nunca ninguém diz “pois, realmente o teu clube nesse aspeto é capaz de ser melhor que o meu”. Apoiam aquele clube e não há nada que os faça mudar. No assunto “refugiados” é semelhante. Há os que apoiam o acolhimento dos refugiados, os que são contra e os anti-Benfica. Os que apoiam referem todas as razões morais e mais alguma para se aceitar os refugiados. Os que são contra, ou têm medo que seja algum “cavalo de Troia”, ou acham que antes de se ajudar os estrangeiros se deve ajudar os da casa. Os anti-Benfica acham que a jornalista húngara que rasteirou o sírio com o filho ao colo (https://www.youtube.com/watch?v=mKBkw4A5nSk) foi contratada pelo Luís Filipe Vieira.

“Então e o que é que tu achas?” Eu não acho merda nenhuma. Sou demasiado ignorante para tirar conclusões e demasiado lambão para ir procurar informações para deixar de ser ignorante. Como tal, resumo-me à minha insignificância e gozo com os que sabem tanto ou menos que eu e mesmo assim não se calam com a porra dos refugiados.

Como não gosto de aturar tretas sobre assuntos dos quais não percebo ponta de corno, quando alguém fala para mim sobre este assunto, limito-me a “sorrir e acenar”.


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