Nos últimos
dias não se fala de nada que não seja Síria, sírios e refugiados. Toda a gente
tem de cagar a sua léria sobre o tema, não vá passar por inculto ou desatualizado.
E eu, como não sou exceção, também vou mandar a minha posta de salmão (é mais saudável
do que pescada).
Como devem
calcular, o facebook e outras redes sociais tiveram um grande impacto nas
opiniões de muita gente. Se o primeiro post engraçado que viram foi contra os
refugiados cá, são contra o acolhimento dos ditos. Se a primeira imagem
inspiradora sobre o assunto que lhes assaltou o feed foi a favor dos
refugiados, apoiam a solidariedade para com o próximo. Ok, eu acabei de
inventar esta teoria e decidi escrever só porque parecia extremamente
intelectual e superior. Não liguem, é treta.
Agora mais a
sério, já repararam que este tema, quando é discutido, quase parece futebol?
Quando há discussões sobre futebol, na grande maioria das vezes, é cada um a
referir as vitórias e taças do seu clube e as derrotas e falta de taças dos
clubes dos outros. Nunca ninguém diz “pois, realmente o teu clube nesse aspeto
é capaz de ser melhor que o meu”. Apoiam aquele clube e não há nada que os faça
mudar. No assunto “refugiados” é semelhante. Há os que apoiam o acolhimento dos
refugiados, os que são contra e os anti-Benfica. Os que apoiam referem todas as
razões morais e mais alguma para se aceitar os refugiados. Os que são contra,
ou têm medo que seja algum “cavalo de Troia”, ou acham que antes de se ajudar
os estrangeiros se deve ajudar os da casa. Os anti-Benfica acham que a
jornalista húngara que rasteirou o sírio com o filho ao colo (https://www.youtube.com/watch?v=mKBkw4A5nSk) foi contratada
pelo Luís Filipe Vieira.
“Então e o
que é que tu achas?” Eu não acho merda nenhuma. Sou demasiado ignorante para
tirar conclusões e demasiado lambão para ir procurar informações para deixar de
ser ignorante. Como tal, resumo-me à minha insignificância e gozo com os que
sabem tanto ou menos que eu e mesmo assim não se calam com a porra dos
refugiados.
Como não gosto
de aturar tretas sobre assuntos dos quais não percebo ponta de corno, quando
alguém fala para mim sobre este assunto, limito-me a “sorrir e acenar”.
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