domingo, 3 de setembro de 2017

Criança até morrer!

No meu tempo de criança as brincadeiras eram muito à base de jogar à bola, à apanhada, ao lenço, à pata choca, etc.. Lá havia um puto ou outro no recreio com um Gameboy, mas pouco mais. Era tudo muito à base de atividade física. “Lá vem outro com a conversa de que os anos 90 é que eram bons e que agora os putos só brincam com tecnologias…” Enganam-se! Desta vez a questão é outra.
Para quem não sabe, eu segui carreira no desporto (licenciado, não sou desses abençoados com pezinhos/mãozinhas de ouro que ganham milhões…) e é disso que quero fazer vida. E o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Eu explico: Estão a ver a parte da vida duma criança em que ela deixa de querer jogar à apanhada e passa a querer memorizar as particularidades electocardiográficas, interespecíficas, contidas naquilo que apenas consigo descrever como "quadros" mnemonicofóbicos, cuja capacidade de repulsão cerebral é apenas equiparável à repulsividade hídrica encontrada nos ácidos gordos de membranas fosfolipídicas? Estão? Pronto, passou-me um bocado ao lado. Quem diz memorizar as particularidades electocardiográficas, interespecíficas, contidas em "quadros" mnemonicofóbicos, cuja capacidade de repulsão cerebral é apenas equiparável à repulsividade hídrica encontrada nos ácidos gordos de membranas fosfolipídicas, diz querer sintetizar sequências de ADN para construírem vetores, modificando genes in vivo e in vitro, manipulando expressão genética e assim alcançarem a criação de organismos geneticamente modificados ou, até mesmo, verificar se um erro-vício, que é uma representação deficiente acerca de uma qualidade do objeto do negócio jurídico, foi induzido intencionalmente, e portanto estamos perante dois vícios da vontade que são o erro e o dolo, sendo que o erro releva como causa de anulabilidade se for essencial e próprio e se, tratando-se de um erro sobre o objeto, o destinatário da declaração conhecer a essencialidade do elemento sobre que incidiu o erro; e que o dolo releva como causa de anulabilidade da declaração se for essencial, no qual se não houvesse vício nunca se teria emitido a declaração de vontade, e malus/ilícito.

(- Epá, este gajo até é inteligente e culto! – Pensam vocês.
- Não, minha gente… quem tem internet tem tudo.
- Mas soubeste pesquisar e conseguiste encontrar conteúdo adequado e bem fundamentado para sustentares o teu texto!
- Errado outra vez. Usei a net para pedir ajudar a pessoas mais qualificadas que eu em cada uma das áreas referidas…
- Então és só um burro com amigos…
- Sim…

Continuando…)

Onde é que eu quero chegar com tudo isto? Ao seguinte facto: ainda hoje, se me perguntarem se prefiro praticar alguma atividade de cariz intelectual ou jogar à apanhada, eu continuo a preferir jogar à apanhada. Mas sem qualquer tipo de ponderação prévia. É direto!
É que um puto querer ir para engenheiro informático porque quer fazer jogos de computador, ainda se percebe… (é claro que a maioria desiste quando começa a ver as linhas de código a sugarem-lhes a vitalidade pelos olhos e acaba por se dedicar antes às linhas de coca) jogar computador/consola é fixe, logo fazer jogos também deve ser! Mesmo que se tenha que vender a alma ao Diabo para conseguir concluir uma licenciatura que dê acesso e conhecimento para tal profissão.
Agora, licenciaturas como Administração Público-Privada, Biologia Celular e Molecular, Engenharia de Micro e Nanotecnologias, Engenharia de Polímeros, Engenharia Mecatrónica ou qualquer outra merda que tenha “engenharia” no nome, dão-me ansias de preguiça e convulsões de procrastinação! (Esta última engenharia parece fundada para criar e sustentar uma nova raça de Transformers! Mecatrónica… porra!).

Dada toda esta vontade de jogar à apanhada, fui para Desporto e Lazer – que foi o mais perto disso que encontrei – e lá joguei à apanhada com as notas durante 3 anos: Elas fugiam e eu corria atrás delas meio a cambalear e de vez em quando a tropeçar e a dar com os cornos num exame por ter chumbado à cadeira por frequência. Foram 3 anos bem passados…



Mas agora a sério, a apanhada é um jogo muito menosprezado…

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