quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Uma Mala

Olá, olá! Há tanto tempo!
Comecemos então pelo princípio (frase estúpida, não é? Claro que é): eu andava já há uns tempos para escrever qualquer coisa sobre malas de mulher a ocupar lugares para as pessoas se sentarem. E depois pensei “se calhar sou o único a embirrar com isso, mais vale estar quieto”. E eis que hoje de manhã, na rádio Comercial, estava a dar uma rubrica, ou coisa parecida, onde os participantes da mesma falavam de coisas que os irritavam. Qual não é a minha surpresa quando o César Mourão fala precisamente desse assunto e todos os homens em estúdio concordam (e a única mulher discordou, como seria de esperar). Como tal, vou aproveitar esta onda involuntária de motivação e fazer a minha própria queixa. Vamos a isso.
Vou começar por uma coisa que foi dita nessa mesma rubrica pelo Nuno Markl, salvo erro: “Por algum motivo se chama ‘ASSENTO’ e não ‘apoio para malas’” (não sei precisar se foram estas palavras, mas a ideia foi esta). Pois é. Os sofás, bancos, cadeiras, poltronas e restantes objetos semelhantes servem para ter pessoas em cima! Rabos! Não é malinhas. Mas o pior nem é isso! O pior, é que se nós, homens, precisamos de sítio para nos sentar e não há mais nenhum sem ser onde está a puta da mala, as meninas ainda ficam chateadas porque agarrámos naquela porcaria e a pusemos no chão. Porque as malinhas das senhoras não se podem sujar. Levam toda a merda lá dentro, mas pousar a basezinha no chão é que não que pode apanhar alguma infeção.
“Mas quando é para levar as vossas coisas que não querem levar nas mãos ou nos bolsos já dá jeito, não é?” (confesso que este ‘contra’ foi inspirado no que a dita senhora da Comercial disse. Vanda, se não me engano). E o que é que o cu tem a ver com as calças? Se calhar também vou ter de começar a ceder o meu lugar sentado ao senhor cabide porque ele me segura nos casacos! Por falar em cabide, sabem onde é que podem pôr as malinhas visto que não as querem pôr no chão? Exatamente! Na sanita! (Estou a brincar, é mesmo no cabide. Foi parvo, eu sei. Já passou. Desculpem).
E a história do cabide é já a ser compreensivo e simpático. Porque a questão não é “Se não queres pôr no chão, põe no cabide”. A questão é “porque raios é que não queres pôr esse saco do lixo às flores no chão?”. A mala não se constipa porque o chão está frio, não apanha infeções por estar em contacto com o lixo, não vai sujar ninguém porque ninguém vai andar a mexer na base de uma mala só porque sim, não vai choramingar porque prefere estar no sofá ao lado da dona, não vos vai empurrar da cama durante o sono para se vingar, não se vai recusar a dar-vos o que tem dentro também para se vingar… Eu não percebo qual é o vosso problema! “Mas suja-se e fica feio. E se for uma mala clara, nota-se muito a sujidade” Mas quanto é que vocês medem? Dois metros e meio? Quem é que vos vai andar a olhar para a parte de baixo da mala? Trabalham nalguma instituição de apoio a anões? Aliás, anãs? Porque os anões homens estão-se pouco cagando para se a vossa mala está suja ou não. Eles querem é sentar-se na porra do banco que está ocupado por ela.
Eu até inventava umas bases para as malas para não se sujarem quando são postas no chão, mas mais cedo ou mais tarde as mulheres iam deixar de as pousar no chão porque também se sujavam e depois era feio ter uma "base-para-mala" suja.

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